A tecnologia móvel transformou a forma como vivemos, da comunicação às relações humanas. Mas há um preço.
Do mesmo jeito que essa tecnologia, materializada em smartphones, tablets e afins, está moldando novos tipos de comportamento social (e às vezes antissocial), está também "reescrevendo" o nosso esqueleto.
Uma nova pesquisa da Universidade de Sunshine Coast, de Queensland (Austrália), sugere que pessoas estão desenvolvendo um "chifre" na parte de trás do crânio por causa do excessivo uso de dispositivos móveis.
Pesquisadores biomecânicos notaram o aparecimento de esporões ósseos causados pela inclinação frontal da cabeça, que desloca o peso da coluna para os músculos da parte posterior do crânio, causando crescimento ósseo nos tendões e nos ligamentos. A transferência de peso que causa esse fenômeno pode ser comparada à maneira como a pele engrossa e forma um calo em resposta a pressão ou desgaste por fricção.
De acordo com o cientistas, a prevalência do crescimento ósseo em adultos jovens aponta para a mudança da postura corporal provocada pelo uso da tecnologia moderna. Eles dizem que smartphones e outros dispositivos portáteis estão exigindo que os usuários inclinem suas cabeças para entender o que está acontecendo nas pequenas telas diante deles.
O estudo afirma ser a primeira documentação de uma adaptação fisiológica ou esquelética à entrada de tecnologia avançada na vida cotidiana.
A descoberta viralizou, ganhando apelido de "chifre de celular".
"Isso fica com a imaginação de cada um", disse ao "Washington Post" David Shahar, um dos autores do estudo. "Você pode dizer que se parece com um chifre, com um bico de ave, com um gancho", acrescentou.
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Redação iBahia
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