Pesquisadores das Universidades de Edimburgo, Oxford e College London monitoraram mais de 65 mil pessoas que participaram de um levantamento escocês sobre saúde mental realizado em 1947, quando tinham 11 anos, e descobriram que a inteligência na infância teve u impactos em toda a vida. O estudo foi publicado no "British Medical Journal".
Um QI alto, segundo os cientistas, reduz o risco de morte de doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, câncer e doenças respiratórias. Estas pessoas também tinham um risco menor de morrer de lesões, doenças digestivas e demência.
— Espero que o resultado do estudo signifique que, se pudermos descobrir o que fazem as pessoas inteligentes e copiar isso, então temos a chance de ter uma vida um pouco mais longa e saudável — conta Ian Deary, pesquisador da Universidade de Edimburgo, que liderou o estudo. — Ainda não sabemos completamente qual é a relação entre a inteligência na infância e a longevidade. Mas o estilo de vida, a educação, a saúde e a genética podem desempenar um papel.
O menor risco de morte permaneceu mesmo quando eram levados em conta fatores que poderiam influenciar os resultados, como idade, sexo e status socioeconômico. Na verdade, privações como o desemprego e outras condições de vida adversas representam apenas cerca de 30% da relação entre QI e mortalidade.
Segundo os pesquisadores, cada 15 pontos extras no QI foram associados com uma redução de 28% do risco de morte por doença respiratória, 25% por doença cardíaca coronária e 24% por acidente vascular cerebral.
Isso significa que uma pessoa com um QI de 115 foi 28% mais propensa a ter evitado a morte por doença respiratória aos 76 anos do que uma pessoa com um QI de 100 (a média geral da população).
Os 15 pontos extras também reduzem a chance de morte por câncer de bexiga em 19%, câncer de pulmão em 25% e câncer de intestino em 11%.
Os pesquisadores disseram que as pessoas com QI mais elevados são mais propensas a cuidar de sua saúde e são menos propensas a fumar. Elas também tendem a fazer mais exercícios, usar seus cintos de segurança e procurar atendimento médico quando estão doentes.
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Redação iBahia
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