Alguns dos condutores de transmissão do novo coronavírus estão presentes em nossas próprias casas: celulares, interruptores, maçanetas, bancadas, torneiras, vasos sanitários, talheres etc. Por isso, a higienização desses ambientes, superfícies e objetos deve ser associada à proteção pessoal contra a proliferação de microrganismos que podem transmitir a Covid-19.
Para ajudar nisso, o Ministério da Saúde divulgou orientações que reforçam a importância da limpeza doméstica com produtos facilmente encontrados nos supermercados. Itens como sabão, desinfetantes, água sanitária e álcool, são grandes aliados para realizar de forma correta essa limpeza.
Confira dicas:
- No caso do uso de água sanitária, a indicação é usar a solução de uma parte do produto para nove partes de água para adquirir a desinfeção da superfície.
- O sabão convencional, em barra ou líquido, também ajuda no processo de higienização. Wladimir Queiroz, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e especialista em doenças infecciosas e parasitárias, explica como estes produtos agem sobre os microrganismos, em entrevista ao G1. “O vírus possui uma cápsula de gordura protetora e a limpeza com estes produtos retira a cápsula e mata o vírus”, afirma.
- Para Cristina Campos, Coordenadora Química do grupo Indústrias Reunidas Raymundo da Fonte, os componentes dos produtos são a garantia da redução dos riscos de contaminação. “A água sanitária promove o rompimento da parede celular do vírus pela ação oxidante do cloro livre presente na composição, o que atesta a eficácia como virucida. O produto age na camada proteica de proteção dos microrganismos e é um agente importante na limpeza doméstica”, explica.
Cristina reforça que até mesmo a simples combinação de água e sabão são efetivos na higienização das mãos e superfícies. “Os desinfetantes possuem na sua composição agentes de detergência e bactericida que promovem a limpeza e higienização das superfícies", comenta.
Sobre o álcool líquido
A comercialização do álcool líquido com concentração acima de 70% é atualmente permitido apenas a laboratórios, hospitais e empresas que esterilizam materiais, de acordo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na última terça-feira (17) a Câmara dos Deputados aprovou projeto que susta a norma durante 90 dias. O texto segue para a avaliação do Senado. Se aprovada, passa a ser permitida a venda de álcool líquido 70% para o consumidor individual.
Já o álcool líquido com menor concentração deve ser utilizado nos cuidados com a casa para higiene geral e redução dos riscos de contaminações. “O álcool utilizado no dia-a-dia também colabora na limpeza. Este produto, associado aos demais, ajuda a proteger o ambiente, sem esquecer do fundamental que é a higiene das mãos”, esclarece Cristina.
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Redação iBahia
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