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SAÚDE

Sofre com insônia? Conheça terapias naturais para dar fim a ela

Naturopata ensina técnicas para aplicar dentro de casa

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Redação iBahia

10/05/2020 às 18:18 • Atualizada em 31/08/2022 às 11:05 - há XX semanas
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Excessos de atividades, especialmente aquelas mais agitadas, excesso de pensamentos, mente ansiosa e agitada, excesso de barulho e luminosidade. Todos esses fatores podem causar insônia. O problema é recorrente e, além de atrapalhar a rotina da pessoa, afeta a imunidade dela. No entanto, métodos naturais podem ajudar a mudar esse quadro.
É o que explica Daniel Alan Costa, naturopata, diretor da Escola Brasileira de Naturopatia, sobre terapias dentro da área de especialização dele. “Muitas podem ser feitas em casa e ajudar a família toda nesse momento de incerteza”, diz.
Conheça algumas dessas terapias naturais e que podem ser feitas em casa.
Cromoterapia
Cor azul: a cor atua como um grande calmante, podendo ser utilizada em casos agudos como dor, inflamações e alergias inclusive as de pele. Atua nos casos de stress, estafa, convalescença, pressão alta, obesidade, taquicardia, palpitação, nervosismo, insônia, ira, irritabilidade, temperamento agressivo, ciúme, medo, insegurança, ansiedade e agitação.
“Importante ressaltar a necessidade de um ambiente completamente escuro, o breu total seria o ideal, uma vez que o principal hormônio do sono, a melatonina, precisa deste ambiente escuro para ser produzida em quantidades suficientes para garantir um sono de boa qualidade. Outras cores podem ser indicadas dependendo da causa da insônia e nesse caso o ideal é procurar um especialista”, alerta Costa.
Aromaterapia
Na aromaterapia, temos algumas revisões sistemáticas que citam várias essencias para o tratamento desta condição. Entre eles é unânime o de Lavanda (Lavandula angustifólia) que tem ação calmante e já tem uso comprovado para dor de cabeça, agitação, TPM, cólicas menstruais, ansiedade e depressão que também são causas da insônia.
Para aqueles indivíduos mais irritados, ou que vivem em ambientes estressores, os óleos de mandarina, bergamota e laranja doce tem indicações comprovadas em pesquisas científicas. Outros óleos com forte ação calmante que auxiliam no tratamento da insônia: Camomila romana, valeriana, manjerona, ylang-ylang e manjericão. Temos o óleo de Patchouli (Pogostemon cablin), cedro, menta arvensis, eucalipto que além de auxiliar na falta de concentração, alivia a ansiedade em condições relacionadas ao estresse. Se a causa da insônia for os distúrbios da menopausa, o óleo de Gerânio e Sálvia Esclaréia são excelentes para amenizar o desconforto deste período, contribuindo para melhorar a qualidade do sono.
“As propriedades harmonizadoras dos óleos essenciais vão oferecer um equilíbrio físico, mental e emocional duradouros, mas é importante lembrar que os óleos essenciais não podem ser usados diretamente na pele. Neste caso, a sugestão é o de inalar o aroma profundamente diretamente do vidro ou utilizar os colares aromatizadores individuais. Também podem ser usados em difusores para a casa estendendo o efeito para todos os integrantes da família, incluindo animais”, alerta o especialista.
Fitoterapia
Com propriedades calmantes, para ajudar a diminuir a ansiedade e a dormir bem, alguns chás são recomendados: Erva-cidreira, Erva-doce, Macela, Passiflora, Camomila, Mulungu e Valeriana.
O Mulungu (Erythrina velutina), também conhecido como canivete, bico-de-papagaio e corticeira, é uma planta medicinal muito eficaz no tratamento de problemas psicológicos relacionados ao estresse. Tratamento de estados emocionais como histeria, neurose, ansiedade, agitação, depressão, ataque de pânico, epilepsia e compulsão devido às suas propriedades antidepressivas, hipnótica, sedativa e tranquilizante. “O Mulungu também possui propriedades analgésicas, narcóticas, antiespasmódicas e tônicas. Devido à sua capacidade calmante e tranquilizante, é muito utilizado para tratar os distúrbios do sono, como a insônia, por exemplo”, explica o naturopata.
Na Alemanha, na Grã-Bretanha e em outros países europeus, a Valeriana é aprovada oficialmente por autoridades médicas como uma planta que auxilia o sono. Há séculos é utilizada para ajudar a dormir. Pode atuar também como agente calmante nas situações estressantes ocorridas durante o dia. “Ela é utilizada para o tratamento de distúrbios da ansiedade e de outras doenças que pioram com o estresse, como a diverticulose e a síndrome do cólon irritável”, afirma Costa.
Já a Passiflora é mais conhecida por seu fruto, o maracujá. O Brasil possui um grande número de espécies de Passiflora, mas apesar de abrigar quase um terço das espécies, somente duas delas são exploradas comercialmente. São elas: P. edulis (maracujá roxo) e sua forma amarela P.edulis Sims f. flavicarpa Deg. (maracujá amarelo) e o P. alata (maracujá doce). “A Passiflora estimula a liberação de hormônios que levam ao relaxamento e sensação de bem-estar. Por isso, a planta é benéfica em casos de insônia e também ajuda a evitar a depressão devido à sensação de bem-estar que ela proporciona. Seus componentes químicos primários, calcalóides e flavonoides agem de forma relaxante e antidepressiva no organismo”, ensina o professor.
Cristaloterapia
A terapia com os cristais consiste em equilibrar os corpos energéticos sutis e, em consequência disto, o corpo físico também entra em equilíbrio, pois um influencia o outro. “Existem diversas formas de se trabalhar terapeuticamente com os cristais. A mais comum é através da disposição de cristais sobre o corpo, que pode ser sobre a área a ser tratada ou sobre chakras, importantes centros de energia que regulam em níveis mais sutis a nossa saúde. Podemos ainda ter o uso de elixir de cristais, que é a preparação de água potencializada com a energia dos cristais”, explica o naturopata.
Ametista: pedra básica do sétimo chakra é a pedra da meditação e transmutação, do autodomínio e do relaxamento. Proporciona estabilidade e clareza de pensamento. Atua como calmante e integra os sistemas do corpo.
Pirita: ajuda no tratamento de depressão, liberta de medos e frustrações, reduz a ansiedade.
Além destas, podemos citar cristais como o lápis-lazuli, azurita, quartzo azul e verde, sodalita, água-marinha entres tantos outros.
Florais de Bach
Os Florais de Bach são bem aceitos atualmente e promovem alívio através de fórmulas naturais. Trazem melhoras em tratamentos no âmbito emocional, ajudando quem passa por problemas como a ansiedade. “Consultar um terapeuta é importante para ter uma fórmula personalizada que atenda da melhor forma a situação atual do paciente, mas no geral alguns florais podem ter uma boa atuação”, afirma Costa.
A combinação de florais chamada Rescue tem a função de agir rápido para alívio emocional e pode ser usado em situações nas quais a pessoa precisa reestabelecer o equilíbrio emergencialmente. O Impatiens é indicado para aqueles que tendem a querer que tudo se resolva na hora, imediatismo que traz ainda mais ansiedade no dia a dia. O Red Chestnut ajuda a diminuir a preocupação em excesso, aquela que é exacerbada e sem motivos reais. Já o Mimulus pode ser usado para complementar e colaborar para diminuir o medo de tudo.
Meditação
A meditação promove a melhoria do autocontrole, como uma forma de equilíbrio da mente. Manter o foco no momento presente faz com que a pessoa de fato vivencie e experimente de forma profunda os eventos do dia a dia e isto faz total diferença. “O desequilíbrio nesta área pode gerar dois tipos de problemas: viver projetando ações, o que gera quadros intensos de ansiedade e leva ao sofrimento, ou mergulhar no passado, o que gera angústias, tristeza, culpa, dor”, alerta o naturopata.
Segundo o especialista, muitos estudos científicos já comprovaram os diversos benefícios da prática. “É possível alcançar o equilíbrio emocional, reduzir a ansiedade generalizada, aumentar a imunidade, melhorar o sono, as dores crônicas, diminuir a frequência cardíaca e controlar a pressão arterial. É importante lembrar que meditar é como correr. Ninguém começa fazendo 30 minutos e da melhor maneira. É preciso praticar aos poucos. Minha sugestão é a de começar com um minuto de meditação e gradativamente aumentar o tempo”, ensina o professor.

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