Quem não gosta de um bom suco, não é verdade? A produção da bebida integral deve atingir, até 2021, cerca de 2,6 bilhões de litros, enquanto a venda dos produtos deve chegar a R$ 21 bilhões, segundo informações divulgadas pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA). Cada embalagem, no entanto, revela um tipo específico de suco.
É o que explica Gislaine Santana, engenheira de alimentos da Campo Largo – empresa brasileira de bebidas saudáveis. A especialista mostra os principais tipos de sucos disponíveis nas prateleiras para os brasileiros.
SUCO INTEGRAL
O suco integral apenas pode levar esta nomenclatura se contiver 100% fruta, devendo ser obtido de fruta sã e madura, sem a adição de água e açúcares, na sua concentração natural. “Por ser integral, ele preserva os nutrientes e a integridade da fruta”, explica Gislaine. As embalagens usadas para esse suco podem ser cartonada, de vidro ou até de PET asséptico, tecnologia que não altera as características de sabor e aparência do produto, devido ao envase a frio asséptico.
“A validade do suco está atrelada à sua sensibilidade, em termos microbiológicos e sensoriais (aparência, odor e sabor). Para garantia da segurança, os fabricantes utilizam diferentes tecnologias. “O ideal é optar por marcas que não possuam conservantes ou adição de outros componentes, para que o consumo seja integralmente benéfico à saúde”.
REFRESCO EM PÓ
Por definição, esse tipo de produto deve ter a partir de 1% de fruta em sua composição. Além disso, são usados outros compostos, como corantes químicos, antioxidantes, aromatizantes e açúcar. “Pela presença de diversos ingredientes, os preparados sólidos para refresco - ou popularmente conhecidos como “refrescos em pó” - são produtos muito artificiais, com grande quantidade de açúcar e pouca presença da fruta, fator que não contribui em nada para a saúde”, explica. As embalagens são pacotinhos tipo sachê, que possuem camadas de plástico e alumínio.
SUCO CONCENTRADO
O suco concentrado é produzido a partir da fruta, que passa por um processo de retirada da água, gerando um produto de textura mais densa, pastosa e mais concentrado, motivo pelo qual leva este nome. “Neste processo, compostos benéficos podem ser reduzidos e o sabor do produto não é tão fiel ao sabor natural, pois as características do suco se alteram”, conta a engenheira. Geralmente, ele é vendido em embalagem plástica com a indicação da quantidade de água que deve ser adicionada pelo consumidor no momento do consumo. “A validade e aditivos usados variam de acordo com o fabricante e tecnologia empregada. A legislação prevê uma lista de aditivos que são aceitos e deve ser consultada por quem produz”.
SUCO RECONSTITUÍDO
Este tipo de bebida leva esse nome pois é feita a partir do suco concentrado, que é reconstituído durante o processo produtivo, quando se adiciona novamente a água que havia sido retirada. “Passando por vários processos de aquecimento, concentração e armazenagem, o processo de fabricação do suco reconstituído pode acarretar alterações expressivas de seus nutrientes e vitaminas”. As embalagens mais comuns para esses sucos são as plásticas, cartonadas e as de vidro.
O MELHOR SUCO É...
“Cada tipo de suco possui uma característica nutricional diferente, com base no processo de produção, armazenamento e consumo. Por isso, é tão importante ler o rótulo para conferir o que está sendo consumido”, indica Gislaine Santana. Para a especialista, o suco com maior valor nutricional é o 100% fruta. “Esses sucos não levam adição de açúcar, são sem componentes aditivos e sem conservantes, promovendo muito mais benefícios à saúde de quem consome. Na hora da escolha, quanto menos ingredientes no rótulo melhor”, finaliza.
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Redação iBahia
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