Ao contrário do que muita gente acredita, varizes não são apenas um problema estético, mas também de saúde, e exigem tratamento correto para evitar riscos. O tratamento adequado das varizes é um dos temas em debate no 30º Encontro de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro, que termina hoje (19). De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro (SBACV-RJ), Carlos Peixoto, o tratamento depende das características das varizes de cada paciente. “Tem vários tipos de veias, que são determinadas de acordo com seu calibre. De acordo com os sintomas do paciente e o calibre da veia, você estabelece um tipo de tratamento.” Tratamento Para as veias mais finas, normalmente são usadas aplicações em consultório, com agulhas e seringas, “utilizadas há mais de 50 anos, com bons resultados”. O tratamento evoluiu para a utilização do laser, menos invasivo e sem agulhas. O tratamento para as veias de médio calibre inclui a radiofrequência ou o endolaser, em que um cateter especial é inserido na veia afetada. No caso na safena, veia de maior calibre, a indicação é cirurgia de forma direta ou por meio de técnicas de radiofrequência ou endolaser que efetuam o tratamento por meio de punções. “Com isso, você agride menos o paciente, que tem uma recuperação mais rápida”. A tendência atual dos tratamentos, segundo Peixoto, é minimizar intervenções invasivas e cortes. “Habitualmente, se faz com anestesia local e sedação. O paciente vai para casa e retorna à sua vida profissional em dois ou três dias. É isso que todos querem”, explicou. Se o tratamento não for feito de modo correto, pode trazer complicações, como úlceras venosas, ou feridas, e insuficiência venosa crônica, ou ainda queimaduras, no caso do laser. Para reduzir riscos, o médico diz que a avaliação clínica é fundamental, seguida de exames como o eco color doopler. No encontro no Rio, os angiologistas discutiram e atualizaram os pontos principais do diagnóstico e tratamento das doenças vasculares. “Não só as doenças venosas, que são as varizes, as úlceras de pernas, mas também as doenças arteriais, que determinam o acidente vascular cerebral, que é o derrame, os aneurismas de aorta que podem romper e ter uma mortalidade muito alta, a falta de circulação nas pernas, chamado isquemia das artérias das pernas, que podem determinar a gangrena”, listou Peixoto. Além do tratamento, o médico destacou a importância da prevenção de doenças vasculares. “A gente cuida muito do coração, mas não cuida dos vasos sanguíneos”, alertou.
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