Um estudo publicado no jornal do Colégio Americano de Cardiologia (JACC) mostrou que pessoas com nível socioeconômico mais baixo e que vivem em área de maior criminalidade têm maior estresse e inflamação arterial, o que resulta no maior risco cardiovascular.
Os pesquisadores usaram exames de imagem para estudar a ativação do centro do estresse no cérebro e a captação de indicadores de inflamação. — O nível socioeconômico e morar em locais violentos ativam a amígdala cerebral, que libera substâncias que são capazes de agredir as artérias coronárias e aumentar o risco de enfarte — explica Paola Smanio, cardiologista do Grupo Fleury.
A inflamação das artérias aumenta a probabilidade de que placas de gorduras se instalem nas paredes das artérias, situação que caracteriza a aterosclerose. O estudo foi feito com 509 pessoas, de idades entre 45 a 66 anos. Os participantes foram acompanhados por cinco anos pelos pesquisadores.
— Os cientistas acompanharam de perto os pacientes que mais apresentaram complicações cardíacas, como enfartes e derrames, e observaram que elas sofriam disso em consequência do estresse, independentemente de terem outros fatores de risco como diabetes ou serem fumantes — diz Cláudio Tinoco, diretor científico da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj).
Para Tinoco, essas novas informações são de grande valor para a população: — Além de conhecermos mais um fator de risco, este é mais um indício de que os governantes devem garantir a segurança pública não só por diminuir o risco de a população sofrer a consequência da criminalidade, mas por ser também uma questão de saúde.
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Redação iBahia
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