Um casal foi preso em flagrante por torturar a própria filha de sete anos no povoado de Lagoa Preta, localizado no município de Barra, região oeste da Bahia. Segundo informações da Polícia Civil, a prisão foi executada por investigadores na segunda-feira (29), após denúncias feitas por vizinhos da família que ficavam alarmados com os gritos e choros constantes da menina.
Agentes do Conselho Tutelar também participaram da abordagem. Na residência do casal foram apreendidas duas espingardas e munições. O material seguiu para o Departamento de Polícia Técnica (DPT).
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Jenivaldo Rodrigues, delegado responsável pelo caso, informou que o casal utilizava palmatória, cordas e cipós para agredir a criança.
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Investigação do casal
A garota foi encaminhada para acompanhamento psicossocial. Os laudos periciais comprovaram as agressões. Não há detalhes sobre o estado de saúde da criança.
Após a condução policial, o casal passou por exames de corpo de delito. No momento, eles seguem à disposição do Poder Judiciário.
Vizinhos denunciam casal que torturava filha de 7 anos
O caso foi denunciado por vizinhos, que ficavam alarmados com os gritos e choros constantes da menina, denunciaram os maus-tratos. Um dos vizinhos conseguiu tirar fotos da menina, que tinha vários machucados no rosto. As imagens foram levadas para a delegacia de Barra, onde o caso foi denunciado de forma anônima.
Após constatarem múltiplas lesões no corpo da criança, incluindo rosto, costas e pernas, os pais adotivos foram presos em flagrante, revelando um histórico de abusos com duração de mais de um ano, explicou o delegado.
Ainda segundo o delegado, a criança perdeu a mãe quando tinha apenas quatro anos e foi adotada por um casal de Ibotirama, também no oeste do estado.
Pouco tempo depois, o casal se separou e o pai adotivo encontrou uma nova companheira. Juntos, eles se mudaram para a zona rural de Barra, com a menina.
As agressões começaram a ocorrer na nova casa. Segundo testemunhas, a menina sempre aparecia com hematomas na escola, mas não contava como tinha se machucado. Os responsáveis da unidade educacional eram informados pelos pais adotivos de que as lesões ocorriam por quedas, desviando a atenção das verdadeiras circunstâncias.
Mayra Lopes
Mayra Lopes
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