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Sete de Abril

Irmã de vítima de feminicídio diz que suspeito afastava família

Irmã de Ruana Karina, morta na frente dos filhos, detalhou como era a relação dos parentes e familiares

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Nathália Amorim

01/03/2024 às 13:02 • Atualizada em 01/03/2024 às 13:39 - há XX semanas
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A irmã de Ruana Karina dos Santos Silva, morta na frente dos filhos vítima de feminicídio na última quarta-feira (28), afirma que o suspeito do crime tentou afastar a vítima dos parentes. O companheiro de Ruana, Edmir Pereira Lima, foi preso nesta quinta-feira (29). Ele confessou o crime.


				
					Irmã de vítima de feminicídio diz que suspeito afastava família
Ruana Karina dos Santos Silva tinha 24 anos, e era natural do Pará. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Ruana Karina dos Santos Silva foi morta com golpes de faca, na terça-feira (27), no bairro de Sete de Abril, dentro da casa onde ela vivia com o suspeito e os filhos.

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De acordo com a irmã dela, Daiane Oliveira, a família nunca teve contato como Edemir e o suspeito nunca se interessou em conhecer os familiares da companheira, que vivem em Marabá, cidade natal da vítima, no estado do Pará.

Em entrevista à TV Bahia, ela detalhou que o suspeito chegou a tentar rasgar uma passagem para Ruana não visitasse a família.

"Nunca nem vimos ele, ele nem queria ter contato com nenhum nós", disse. "Ele não queria que ela tivesse contato com a família, ele queria rasgar a passagem", disse.

Relacionamento conturbado do suspeito com a vítima

Natural do Pará, Ruana se mudou para Salvador ainda na adolescência. Ela vendia filtros de porta em porta, até que conheceu o suspeito, engatou o relacionamento e não conseguiu mais trabalhar, porque era impedida por ele.


				
					Irmã de vítima de feminicídio diz que suspeito afastava família
Edemir Pereira Lima, ex-companheiro da vítima, se entregou à polícia. Foto: Reprodução/Redes Sociais

O relacionamento durou 7 anos. O casal tinha um menino e uma menina. Segundo a família, as agressões eram constantes. Em entrevista à TV Bahia, vizinhos do casal também relataram situações de violência contra a mulher.

"Briga para lá, briga para cá. Chamava, dava atenção, mas não tinha jeito. Ele dizia que: 'mulher é assim e eu vou fazer coisa errada'. E eu dizia: 'não faça coisa errada. Você tem que olhar seus filhos'", pontuou Nicomendes de Jesus, vizinho da vítima.

A família está tentando vaquinha para levar o corpo de Ruana para o Pará. Segundo informações passadas por uma prima da vítima, a mãe dela ainda não sabe da morte. Eles querem justiça.


				
					Irmã de vítima de feminicídio diz que suspeito afastava família
Segundo testemunhas, Ruana Karina morava há dois anos no bairro. Foto: Reprodução/Redes Sociais

"Que ele seja preso e que isso não passe impune. Que a Justiça não só faça com ela, porque tem muita mulher que sofre calada. Já que ela denunciou ele várias vezes, porque que ele não foi preso?", disse Suayane Caroline.

O caso é apurado pela 2ª Delegacia de Homicídios (DH/Central) como feminicídio. Ainda não há informações sobre o paradeiro do suspeito.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), 11 casos de feminicídio foram registrados na Bahia até 25 de fevereiro. No mesmo período do ano passado, foram 13 casos registrados.


				
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Casa onde vítima de feminicídio foi morta pelo suspeito na frente dos filhos. Foto: Reprodução/TV Bahia
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