A Justiça Federal da Bahia pediu a extradição para o Brasil de Diego Hernan Dirísio, que é conhecido como o maior contrabandista de armas da América do Sul, e da esposa dele, identificada como Julieta Vanessa Nardi Aranda.
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Os dois são apontados como chefes de um esquema de tráfico internacional, que forneceu milhares de armas para facções brasileiras, como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
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O grupo foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) em dezembro do ano passado. De acordo com as investigações, a suspeita é que, durante a atuação, eles tenham enviado cerca de 40 mil armas para o Brasil.
O casal, que já era procurado, só foi preso em fevereiro deste ano, na Argentina. As autoridades querem que os dois cumpram a pena no Brasil, já que os dois países têm um acordo que permite a extradição.
"Eles têm que responder perante a lei brasileira e a gente espera que aqui sejam condenados e presos, e cumpram a condenação no Brasil. É uma resposta muito importante que a gente pode dar para o crime organizado, para as facções criminosas, para os grupos que atuam no tráfico internacional de armas", disse Flávio Albergaria, superintendente da Polícia Federal (PF) na Bahia, onde ocorrem as investigações.
Segundo a apuração de César Tralli, Albergaria diz que, além do casal, também foram pedidas as extradições de outros presos que estão no Paraguai.
A reportagem não conseguiu contato com as defesas de Diego Dirisio e de Julieta Aranda.
Crimes atribuídos ao contrabandista de armas que teve extradição pedida pela Justiça
O pedido de extradição foi assinado por um colegiado de juízes federais da Bahia. O documento cita que Diego, além de chefe de uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de armas, é sócio-gerente da empresa internacional IAS, por meio da qual era operado o esquema criminoso.
O objetivo é que ele seja julgado por tráfico internacional de armas, promoção de organização criminosa e ocultação de bens provenientes de infração penal, a partir das leis do Brasil.
Já Julieta Aranda deve ser julgada por organização criminosa.
Alan Oliveira
Alan Oliveira
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