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Morte de dentista Lucas Maia é investigada como homicídio qualificado

Entenda diferença entre latrocínio e homicídio e saiba porque morte do dentista foi enquadrada nesta linha de investigação

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Nathália Amorim

05/12/2023 às 13:08 • Atualizada em 18/12/2023 às 18:00 - há XX semanas
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A morte do dentista Lucas Maia de Oliveira, encontrado morto com os pés amarrados dentro do prédio onde morava no Rio Vermelho, em Salvador, é investigado como homicídio qualificado em curso com crime de furto.

A informação foi divulgada nesta terça-feira 95), pela delegada Zaira Pimentel, titular da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico) e responsável pelas investigações do crime.

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					Morte de dentista Lucas Maia é investigada como homicídio qualificado
Morte de dentista em Salvador é investigada como homicídio qualificado. Foto: Reprodução/Redes Sociais

O corpo de Lucas Maia foi encontrado dentro do prédio de luxo Celebration Garibaldi no dia 25 de novembro. Ele estava nu e com os pés amarrados na cama.

A delegada esclareceu que o crime é tratado como homicídio e não latrocínio, roubo seguido de morte, isso porque o suspeito teria matado Lucas Maia primeiro, para depois roubar os pertences.

"A gente está trabalhando com a hipótese de homicídio qualificado e furto. . Homicídio a pessoa já matou e depois, por uma conveniência, resolveu subtrair. E justamente por ser homicídio está sendo apurado pelo DHPP e não pelo Deic", explicou.

Além disso, a delegada informou que 21 pessoas já foram ouvidas sobre o caso, entre eles familiares, amigos e pessoas que se envolveram com a vítima. A expectativa é de que outras pessoas prestem depoimento.

Zaira Pimentel também afirmou que houve um pedido inicial de prisão, mas que não foi efetuado pois no curso do inquérito a polícia concluir que não se tratava da mesma pessoa. Não foi esclarecido quem seria o suspeito.

Histórico

O dentista Lucas Maia foi dado como desaparecido no dia 23 de novembro. O corpo dele foi encontrado em estado avançado de decomposição, amarrado a cama e sem marcas de tiros dois dias depois, 25 de novembro.

Além disso, também havia pó de café espalhado pelo chão da sala e o cachorro da vítima estava preso na varanda.

O primeiro a encontrar o corpo de Lucas foi um amigo, que também possuía a chave do apartamento. Lucas Maia foi encontrado por volta das 16h30 de sábado (25). Às 17h, equipes da Polícia Militar e Civil já estavam no local.

Foram levados TV, carro, notebook e o celular de Lucas. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o suspeito de matar o dentista deixa o prédio da vítima.

É possível observar nas imagens que o suspeito deixa o local na madrugada de sexta-feira (24), por volta de 1h30 da manhã. Com o rosto escondido, ele caminha normalmente pelo estacionamento enquanto arrasta uma mala, que pertencia a Lucas.

O suspeito mantém o rosto escondido o tempo todo, sempre com um capuz sobre a cabeça. Informações iniciais apontam que a vítima e o suspeito chegaram juntos no prédio na quinta-feira (23), por volta das 13h.

Depois de deixar o apartamento de Lucas, o suspeito de matar o dentista circulou por cerca de uma hora com o veículo da vítima, retirado da garagem do condomínio de luxo localizado no bairro do Rio Vermelho, em Salvador.

No dia 1° de dezembro, um homem que conheceu o dentista Lucas Maia por meio de um aplicativo de encontro prestou depoimento por 7 horas e foi liberado. O primeiro contato aconteceu no dia 16 de novembro e os dois se encontraram um dia depois.

Segundo uma fonte da Polícia Civil, que investiga o caso, para a TV Bahia, o homem se apresentou na quarta-feira (29) de forma espontânea no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Durante o depoimento, o homem contou à polícia que ficou no apartamento de Lucas Maia até o dia 20. Ele tem residência fixa e mais de um emprego. Também não é possível confirmar que foi ele que apareceu nas câmeras de segurança, já que o rosto dele não foi flagrado pelas imagens.

Ainda segundo a fonte, ele não foi preso porque não havia motivos que justificasse um mandado de prisão provisório. Além disso, mais três testemunhas devem ser ouvidas na próxima semana.

As investigações indicam que mais pessoas entraram no imóvel nesse intervalo de quatro dia, entre o dia 16 e 20 de novembro. Todas elas seriam consideradas suspeitas pela Polícia.

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