Três homens foram presos e um morreu em confronto com policiais militares nesta sexta-feira (30), durante a Operação Convergência, realizada em Eunápolis, no extremo sul da Bahia.

A Polícia Civil (PC) informou ao g1 que os quatro homens são suspeitos de fazer parte de um grupo criminoso responsável por diversos homicídios, tráfico de entorpecentes e atentados contra agentes públicos na região.
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Durante a operação, dois homens, já presos no Conjunto Penal de Eunápolis, tiveram mandados de prisão preventiva cumpridos. Outras duas pessoas foram levadas para a delegacia para prestarem esclarecimentos.
O homem que morreu foi identificado como José Gonçalves Filho, conhecido como “Zé do Bode”. A polícia disse que ele é apontado como um dos principais traficantes da região, com atuação no distrito de Colônia, em Eunápolis, e na cidade de Salto da Divisa, em Minas Gerais.
Com os suspeitos foram apreendidos três armas de fogo, um tablete de maconha prensada, porções da mesma droga in natura, além de aparelhos celulares, máquinas de cartão de crédito, cartões bancários, um DVR, notebook, pendrive, Certificados de Registro e Licenciamento de Veículos e um rádio comunicador.
Força Penal Nacional é acionada

Na quinta-feira (28), o Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o envio da Força Penal Nacional ao Conjunto Penal de Eunápolis, no sul da Bahia. A atuação está prevista para durar 30 dias.
A decisão foi tomada após um motorista da unidade ser baleado no dia 20 de maio, enquanto dirigia nas proximidades do presídio. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), a suspeita inicial é de que o alvo do atentado fosse o diretor Jorge Magno Alves, que não estava no veículo no momento do ataque.
Fuga de 16 presos
Dezesseis detentos do Conjunto Penal de Eunápolis fugiram na noite de 12 de dezembro de 2024, após um grupo de homens armados invadir o local e trocar tiros com os seguranças.
Após a fuga, diretores e coordenador da unidade penal foram afastados e a Seap determinou intervenção de 30 dias no local.
Em 16 de janeiro deste ano, um dos 16 presos morreu após uma troca de tiros com policiais civis. Outros 15 detentos seguem foragidos.
Uma semana depois, a ex-diretora da unidade, Joneuma Silva Neres, foi presa por suspeita de facilitar a fuga. As investigações apontaram que ela também tinha ligação com uma organização criminosa da cidade.
De acordo com a Seap, o episódio do dia 12 de dezembro foi o primeiro registrado no estado em que um presídio foi invadido desse modo. Na ação, oito homens trocaram tiros com agentes de segurança e facilitaram a fuga dos internos, segundo as investigações.
O objetivo do grupo era libertar Edinaldo Pereira Souza, o "Dadá", apontado como chefe da facção criminosa Primeiro Comando de Eunápolis (PCE). Os outros 15 foragidos também integram a organização, segundo a polícia.

Redação iBahia
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