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PMs investigados por milícia na BA são transferidos para o MS

Militares foram alvos de operação deflagrada em dezembro. Binho Galinha foi mirado na mesma ação

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Alan Oliveira

16/01/2024 às 19:35 • Atualizada em 16/01/2024 às 23:46 - há XX semanas
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Três policiais militares que foram alvos de uma operação da PF, por suspeita de envolvimento em um grupo miliciano na Bahia, foram transferidos para o Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, nesta terça-feira (16). A informação foi divulgada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).


				
					PMs investigados por milícia na BA são transferidos para o MS
PMs investigados por milícia na BA são transferidos para o MS. Foto: Humberto Filho/Cecom Imprensa

O trio estava no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, desde o início de dezembro do ano passado, quando a ação policial foi deflagrada na capital baiana. A transferência foi determinada pela Justiça, que apontou a "periculosidade dos acusados" como justificativa.

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Além da transferência, as celas onde os policiais estavam passaram por buscas, e um celular foi encontrado. O aparelho será periciado para extração e análise do conteúdo.

Os suspeitos foram identificados pelo MP-BA como: Jackson Macedo Araújo Júnior, Josenilson Souza da Conceição e Roque de Jesus Carvalho. Além deles, outras 12 pessoas foram denunciadas no âmbito da "Operação El Patron", que também mirou o deputado estadual conhecido como Binho Galinha.


				
					PMs investigados por milícia na BA são transferidos para o MS
Deputado estadual Binho Galinha é apontado como chefe de esquema criminoso de lavagem de dinheiro e extorsão. Agência Alba

Os suspeitos denunciados respondem pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada. Os crimes seriam cometidos na cidade de Feira de Santana, que fica a cerca de 100 km de Salvador.

O MP-BA afirma que os policiais militares são responsáveis por formar o núcleo armado da organização criminosa, usando violência para cobrar dívidas das atividades ilícitas do grupo, especialmente a agiotagem e o jogo de azar. Já o deputado é apontado como chefe do grupo.

As investigações indicam que os militares teriam movimentado quase R$ 15 milhões, além de serem proprietários de bens e imóveis não declarados — valor e patrimônio incompatíveis com a renda declarada oficialmente.

A operação de transferência contou com agentes de diversos setores, como o MP-BA, Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e de Execução Penal (Gaep), a Polícia Federal e a Força Correcional Integrada (Force/Coger) da Secretaria de Segurança Pública (SSP).


				
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Duzentos policiais federais e estaduais, além de 15 auditores-fiscais da Receita Federal e seis analistas tributários participam da ação. Foto: Divulgação/Polícia Federal
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