Seis pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (5), em Salvador e em Dias D'Ávila, na Região Metropolitana (RMS), durante uma operação de combate a crimes contra o patrimônio, como assaltos, extorsões e estelionatos. Entre os detidos está um homem que utilizava a imagem do delegado Thiago Costa, da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon) — que enfrenta um câncer — para sensibilizar vítimas durante negociações por aplicativos de mensagens.
A Polícia Civil (PC) informou ao g1 que o suspeito, identificado como Edson Júnior, de 26 anos, foi localizado em Dias D’Ávila. Ele estava sendo investigado desde setembro de 2024 por aplicar golpes em dezenas de pessoas nas regiões de Santo Antônio de Jesus e Feira de Santana. O prejuízo causado às vítimas é estimado em cerca de R$ 90 mil.
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Em entrevista à TV Bahia, o delegado Thiago Costa revelou que Edson Júnior estava foragido desde maio deste ano, após descumprir uma saída temporária do Conjunto Penal de Valença. Ele cumpria pena por tráfico de drogas.
Durante o depoimento, o suspeito afirmou que aprendeu a aplicar golpes enquanto estava preso. Nas redes sociais, utilizava a foto do delegado Thiago Costa e usava o nome fictício "Lucas Sena".
"Me senti muito sensibilizado com a situação, porque eu tinha acabado de terminar um tratamento muito pesado contra um câncer, estava me sentindo vitorioso e fui surpreendido com essas informações de que alguém estava se passando por mim e aplicando golpes", disse o delegado.
Os golpes aplicados por Edson Júnior envolviam falsas compras de videogames, bicicletas, televisores e outros produtos, utilizando comprovantes falsos de Piz como forma de pagamento. Além das fraudes, ele também é investigado por tentativa de feminicídio contra a companheira, crime cometido na frente dos filhos.
"Ele procurava pessoas que estavam praticando compra e venda de eletrodomésticos e eletrônicos. Em um desses casos, ele comprou um produto na mão de uma pessoa e encaminhou um comprovante falso de PIX", afirmou o delegado.
Thiago Costa detalhou que o suspeito demonstrava conhecer sua rotina pessoal. "Ele falava diversas vezes: 'Thiago, não me prenda, não me mate, não faça isso comigo', como se fosse íntimo. Ele sabia o que eu postava, minha rotina, sobre o meu tratamento, o nome do meu filho", disse.
Redação iBahia
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