Prestes a completar um ano no dia 6 de julho, o caso Hyara Flor teve uma reviravolta depois que a Polícia Civil (PC) decidiu indiciar o marido da vítima pelo assassinato dela. Inicialmente considerado inocente pela corporação, o adolescente, que tinha 14 anos na época do crime, assim como a esposa, agora é procurado.
Segundo apurou o g1, a situação mudou depois que foi descoberto o perfil genético do garoto na arma de onde saiu o tiro que matou Hyara, em exames complementares. Por isso, há um mandado de busca e apreensão e um de internação contra o adolescente. Ele é acusado por ato infracional análogo ao crime de feminicídio.
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Antes da nova versão do caso, a investigação tinha apontado que o disparo que matou a vítima foi efetuado de forma acidental pelo cunhado da adolescente, uma criança de 9 anos. Uma versão defendida pela família do suspeito e recusada pelos familiares de Hyara Flor.
Para a família da menina, a morte foi motivada por vingança, já que um tio dela teve um relacionamento extraconjugal com a mãe do garoto. Por isso, eles chegaram a contratar um perito, que emitiu um parecer que contestava a versão inicial da polícia.
O perito esteve no local do crime, acessou o inquérito policial e concluiu que uma pistola calibre 380 não poderia ter sido disparada por uma criança de 9 anos. No entanto, apesar de ser apreendido em um primeiro momento, o marido de Hyara acabou liberado.
Marido de Hyara Flor será julgado
Em março deste ano, no entanto, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) pediu para que laudos das perícias complementares realizadas pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) fossem analisados novamente.
Após o indiciamento, o MP denunciou o adolescente, que agora aguarda julgamento. O processo foi distribuído para tramitar em segredo de Justiça, por se tratar de um caso que envolve menor infrator e vítima menor/incapaz.
Alan Oliveira
Alan Oliveira
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