Um vendedor de acarajé de 25 anos foi morto a tiros após ser surpreendido por um motoqueiro no bairro de Castelo Branco, em Salvador. O caso aconteceu na noite de sábado (24) e a vítima foi identificada como Jairo Brandão dos Santos.
O irmão de Jairo, Jefferson Brandão, contou que a família tem uma barraca onde os acarajés são vendidos na Praça Mestre Gude.
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Ainda conforme relato do irmão da vítima, depois de fechar o estabelecimento, por volta das 23h do sábado, Jairo se preparava para entregar alguns acarajés que não foram vendidos para pessoas em situação de rua que dormiam em uma praça próxima. Nesse momento, ele foi surpreendido por um motoqueiro armado.
"Quando ele foi entregar os acarajés, o motoqueiro chegou. O rapaz começou a atirar indiscriminadamente e meu irmão tomou um tiro na cabeça", disse.
Ainda segundo Jefferson, o irmão dele era uma "pessoa boa", sem ligação com a criminalidade e os tiros teriam acertado um outro homem e uma idosa em um ponto de ônibus. A Polícia Militar da Bahia (PM) não confirmou a informação de que outras pessoas foram atingidas.
Vendedor de acarajé foi atingido à queima roupa
Ainda segundo familiares da vítima, após fazer os primeiros disparos, o suspeito ainda teria voltado para a cena do crime e disparado mais duas vezes contra Jairo. Ele foi atingido nas regiões do tórax e do abdômen.
A vítima estava de uniforme e carregava um saco com a doações quando foi baleada. Em nota, a PM informou que Jairo foi socorrido por pessoas que estavam no local para o Hospital Eládio Lasserre.
A Polícia Civil detalhou que guias de perícia e remoção foram expedidas. O caso é investigado pela 2ª Delegacia de Homicídios (DH/central) e não há indícios de autoria ou motivação.
O enterro do jovem acontece nesta segunda-feira (26), no Cemitério Quinta dos Lázaros, no bairro da Baixa de Quintas, em Salvador.
Jovem trabalhava desde a infância
Em entrevista à TV Bahia, os irmãos e a mãe de Jairo falaram sobre a relação e vida da vítima. O trabalho com o acarajé começou com o pai, que já faleceu, e Jairo trabalhava desde os 13 anos para ajudar a família.
"Estamos pedindo por Justiça. Meu irmão é um homem trabalhador, todo mundo conhece meu irmão. Quantas vezes vi meu irmão cavar buraco para colocar comida dentro de casa, quantas vezes ele já me ajudou a ir catar o camarão e uma coisa dessa acontece com meu irmão", contou, emocionado, o irmão mais velho de Jairo, Jefferson Brandão.
A mãe da vítima é cadeirante e pontua que os filhos nunca foram envolvidos com criminalidade.
"Jairo era meus pés, minha mãos... ele me dava banho, me dava meu sustento, me carregava para ir para o médico. Era meu acompanhante de cada dia. Meu filho não devia nada a ninguém, só fazia amizades", relatou.
Iamany Santos
Iamany Santos
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