A compatibilidade genética é a comparação de painéis genéticos dos membros do casal que identifica as mutações genéticas que cada membro do casal é portador para conhecer o risco de gerar descendentes com doenças genéticas. O teste de compatibilidade genética (TCG) é especialmente indicado para casais que são primos, que têm chances muito maiores de coincidir em mutações genéticas que podem ser manifestadas nos filhos em forma de patologias, mesmo quando não são manifestadas pelos pais.As doenças genéticas não têm cura e muitas vezes exigem tratamentos caros para proporcionar uma mínima qualidade de vida para seus portadores. Além disso, a maioria das doenças raras acarretam em uma diminuição na expectativa de vida.As doenças genéticas podem ser manifestadas mesmo quando não existe histórico dentro da família, isto acontece porque algumas doenças precisam que a alteração genética que dá origem à doença esteja presente nos genes do pai e da mãe para se manifestarem nos descendentes.Entre as doenças genéticas mais comuns, estão: Anemia falciforme, Hemofilia A, Atrofia muscular espinhal, Fibrose Cística, Retinose pigmentar, doença de Gaucher e Síndrome de X frágil. Todas elas podem ser evitadas se identificadas pelo teste de compatibilidade genética.Como funciona o teste de compatibilidade genética? O teste de compatibilidade genética detecta 4.500 mutações genéticas vinculadas a mais de 600 doenças raras a partir de uma amostra de sangue do pai e da mãe. Conhecendo o risco de ter filhos com doenças genéticas que não podem ser curadas, os futuros pais podem realizar um tratamento que permite o nascimento do bebê livre da doença genética em questão. Com TCG é possível reduzir o risco habitual de doenças genéticas de 1 para cada 100 recém-nascidos, para 1 de cada 30.000.Quem pode fazer o teste de compatibilidade genética? Por sua simplicidade, qualquer casal que queira engravidar naturalmente pode solicitar o teste de compatibilidade genética, mas o teste é especialmente indicado para casais com algum grau de parentesco e também aqueles que têm casos de doenças genéticas dentro de sua família. Para casais em tratamento de reprodução humana assistida, o TCG pode ser solicitado para avaliar os riscos de transmissão e determinar tipos de tratamento.O que acontece se identificado o alto risco de doença genética para os descendentes? Neste caso, o casal deve contar com o apoio de um aconselhamento genético para considerar a possibilidade gravidez por meio de tratamento de Fertilização in Vitro, onde é possível enviar uma amostra de cada embrião do casal para diagnóstico genético pré-implantacional. Essa técnica permite identificar os embriões que não são portadores da doença genética em questão. Com esse conhecimento é possível fazer a transferência do embrião livre da patologia grave ao útero materno.Assista o vídeo onde Dra. Genevieve Coelho, especialista em reprodução humana do IVI Salvador explica o teste de compatibilidade genética:*conteúdo de responsabilidade do parceiro
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Redação iBahia
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