Desde o início da pandemia do novo coronavírus, diversas informações equivocadas circulam em sites, blogs e redes sociais a respeito de estratégias para combater a doença. Uma delas indica a ingestão de vitamina C e zinco, porém, como explicou o chefe de infectologia da Unesp e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alexandre Naime Barbosa, em entrevista ao canal CNN Brasil, essas medicação não combatem a covid- 19 e até podem atrapalhar o tratamento da doença.
"Existia uma ideia de que a vitamina C, em altas doses, preveniria resfriados ou gripes. Mas há muito tempo tínhamos estudos randomizados mostrando que vitamina C não diminuía nem a intensidade nem a frequência de gripes e resfriados. Isso acabou chegando para a covid-19, com essa falsa sensação de segurança de que uma hiperdose de vitamina ou de cinco poderia ter benefício", disse Alexandre na entrevista.
Ele ainda comentou sobre os malefícios que a ingestão incorreta dessas substância pode causa. "Essas medicações, além de terem os seus custos, podem levar a efeitos colaterais. Por exemplo, o zinco em altas doses, leva gosto metálico na boca, náusea, diarreia. Ou seja, além de não ajudar e custar caro, ainda pode prejudicar a saúde", complementou o especialista.
Já sobre a vitamina D, que também é considerada por algumas pessoas como uma forma de proteção contra a covid- 19, Alexandre explicou que ela é importante para otimizar alguns processos do organismo, mas não é eficaz contra o novo coronavírus: "É um mito", finalizou.
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Redação iBahia
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