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Ensino afrocentrado

Professores discutem a racialização da educação no podcast Pele Preta

Helder Bomfim e Ícaro Ramos também falaram sobre escassez de informações sobre questões raciais em algumas regiões da Bahia

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Aline Gama

28/06/2023 às 17:25 - há XX semanas
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					Professores discutem a racialização da educação no podcast Pele Preta
Foto: Reprodução / Redes sociais

De acordo com pesquisa realizada em 2021 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a representação da população negra entre os professores universitários brasileiros é de 24,1%, apesar da criação de leis, cotas e programas de expansão.

Quem também faz parte desse cenário são os docentes Helder Bomfim e Ícaro Ramos, que foram os convidados de um episódio da nova temporada do podcast Pele Preta, apresentado pela produtora Fran Cardoso e pelo jornalista Rafael Santana.Na entrevista, Helder, que é professor de sociologia, e Ícaro, q leciona matemática, falaram sobre a trajetória até a docência e como buscam transmitir um olhar 'afrocentrado' para a educação. "Eu levava conteúdos não tecnicistas, mas com uma visão mais próxima do aluno", afirmou Ícaro.

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Ele também relembrou o quanto rejeitava a possibilidade de ser professor, mas que a rotina em uma sala de aula fez com que ele fosse se afirmando com essa profissão: "Meu ponto de partida é: 'não vou reproduzir metodologias que não funcionam com todo mundo'", disse.

Para Helder, quando se pensa e pesquisa sobre o processo de construção da sociologia enquanto ciência, percebe-se que ela foi moldada por meio de uma perspectiva eurocentrada e completamente ocidentalizada, e que, atualmente, há possibilidade de romper esse ensino engessado de homens brancos, levando autores negros para a sala de aula.

"A gente precisa desmistificar essa ideia de que não dá para trabalhar com religião e não consegue pegar, por exemplo, as contribuições de Mãe Stella de Oxóssi e fazer disso conteúdos de sala de aula", disse Helder.

Ele também falou sobre as motivações que o guiaram na trajetória acadêmica. "A revolta do 'buzu' me fez enxergar que eu precisava intervir na sociedade, e dentre os cursos que mais se aproximavam do que eu achava que era possível fazer para transformar a sociedade, acabei escolhendo ciências sociais", afimou o professor.

Veja entrevista completa:

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