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Injúria racial

Ilê denuncia racismo contra Banda Aiyê em restaurante de Salvador

'Fomos feridos na alma', escreveu comunicado publicado pelo bloco afro nesta quinta-feira (30)

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Lucas Sales

30/11/2023 às 15:19 • Atualizada em 30/11/2023 às 21:56 - há XX semanas
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O primeiro bloco afro do Brasil, Ilê Aiyê, usou as redes sociais na tarde desta quinta-feira (30), para denunciar um crime de injúria racial sofrido pela Banda Aiyê, em um restaurante localizado em Salvador.


				
					Ilê denuncia racismo contra Banda Aiyê em restaurante de Salvador
'Fomos feridos na alma', escreveu comunicado publicado pelo bloco afro nesta quinta-feira (30). Foto: André Frutuôso/ divulgação

O grupo narrou, através de uma publicação no Instagram, que foi contratado para se apresentar dentro do estabelecimento. E no entanto, os integrantes foram tratados como "ladrões" no local.

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"Na última quinta-feira, fomos convidados para realizar uma apresentação no Espaço Bistrô Trapiche Adega, e ao chegar fomos perguntar a produção local, onde poderíamos trocar de roupa para colocar o nosso figurino, como é de praxe", começou o texto.

"Foi nos indicado uma sala, no espaço, para que pudéssemos nos arrumar para o evento. Após um tempo já nessa sala, eis que surge uma senhora, desesperada, chamada Vivianne Mendonça (a dona do espaço), pedindo que saíssemos daquele local, que não era para estarmos ali pois naquele local tinha coisas de valor", continuou o comunicado.

O grupo ainda relatou que os responsáveis explicaram o motivo pelos músicos estarem no espaço, mas que a senhora se mostrou irredutível na situação.

"[Ela] exigiu que uma funcionária do estabelecimento ficasse na entrada da sala e a porta ficasse aberta, ou seja, fomos tratados como ladrões e não artistas que estavam ali para realizar um trabalho. É claro que a primeira intensão foi sair do local e não realizar a apresentação, mas fomos convencidos pelo contratante a fazer tal apresentação".

O bloco ainda finalizou o comunicado mostrando toda a indignação com a situação. "É inadmissível que esse tipo de coisa continue acontecendo na nossa cidade. Alguns brancos e brancas dessa cidade precisam entender que ser negro ou negra não é sinônimo de ser ladrão ou ladra. Fomos feridos na alma e esperamos que atos como esse deixem de acontecer em nosso país".

O iBahia entrou em contato com o estabelecimento através das redes sociais e aguarda um posicionamento.

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