A dançarina baiana Lore Improta convidou a empresária, investidora e publicitária baiana Monique Evelle para mais uma live que debateu questões ligadas ao racismo, na noite desta terça-feira (1º). Lore, que está recebendo aulas de letramento racial, tem aberto suas redes sociais para discutir o tema.
Durante o papo, as duas trocara, experiências no mercado publicitário e Monique falou sobre como essa realidade é para a mulher preta. "O racismo, o capitalismo, exige que você sempre produza, mas a pessoa negra não tem as mesmas oportunidades", falou Monique, que também pontuou como a cobrança por ser duas vezes melhor e sempre o mais inteligente leva a pessoa negra ao cansaço.
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Ela contou ainda como sempre se apoiou em sua qualidade intelectual para conseguir reconhecimento e respeito, uma vez que sua existência sempre foi desvalorizada. Além disso, ela pontuou como essa violência é sistemática, afetando a autoestima do negro.
Nesse sentido, Monique destacou também como a o racismo sufoca, invibiliza e reduz a pessoa negra, que é sempre conectada e limitada a essa característica. "Ser negra ou preto vira seu sobrenome e seu adjetivo. Outro nome que eu gostaria de traze aqui é Lélia Gonzalez e ela fala sobre como a mulher preta tem que falar nome e sobrenome se não o racismo de dar um apelido", falou ela, que afirmou ter usado o próprio sobrenome em sua empresa como forma de fugir desse apagamento.
A conversa entre as duas foi acompanhada ao vivo por mais de 1500 pessoas, aspecto extremamente importante para que uma mudança de pensamento realmente venha a acontecer na sociedade. "Não são só pessoas pretas que vão fazer a revolução, é preciso pessoas como você Lore, para causar mudança", disse Monique, sobre a importância de que esse assunto não seja apresentado como uma responsabilidade de pessoas negras, mas sim como uma meta de mudança coletiva.
Confira o papo completo entre Lore e Monique abaixo:
Redação iBahia
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