A Escola Artística Focus, que atua na capacitação de pessoas negras em Salvador, criou uma vaquinha online para arrecadar doações e conseguir manter as atividades. Com sede no Pelourinho, no Centro Histórico, o projeto está com muitas dívidas e corre o risco de ser despejado.
Criada em 2013 pelo modelo, artista e gestor Jonas Bueno, de 29 anos, a escola tem como objetivo capacitar, promover a inclusão e trazer visibilidade para homens e mulheres negros da cidade por meio de diversos cursos e atividades.
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Segundo a instituição, atualmente, mais de 350 pessoas são atendidas pelas ações da escola em diversas atividades - a maioria oferecida gratuitamente. Entre os assistidos, 60 são crianças.
Os alunos que não são atendidos de graça pagam uma mensalidade de R$ 40, mas apenas 60 pessoas, em média, conseguem arcar com o valor, segundo destaca o projeto.
Entre desfiles e espetáculos promovidos pela escola, o valor mensal arrecadado fica em torno de R$ 1.200 por mês - montante muito inferior ao necessário para a manutenção das atividades, transporte e alimentação dos alunos: há um custo fixo mensal que gira em torno de R$ 20 mil a R$ 25 mil, que envolve toda a parte técnica e estrutural, contas fixas da casa.
A meta da vaquinha é arrecadar R$ 60 mil, que serão utilizados no pagamento de dívidas e para conseguir o fôlego financeiro necessário até que uma nova solução seja encontrada para sua manutenção efetiva. Para doar, é preciso acessar o link.
Quando o projeto começou, a sede ficava em Tubarão, no subúrbio ferroviário de Salvador. Em 2020, a escola passou a funcionar no Pelourinho, depois de uma parceria firmada com a Casa Pia, que atua com filantropismo e assistência social e cedeu o espaço ao projeto, com o acordo de que sejam pagas as contas de água e luz.
“A ideia sempre foi fazer com que jovens negros periféricos tivessem oportunidade de estudar, ganhar conhecimento e aprender a opinar, se defender, ser inserido no contexto cultural e artístico da sociedade”, destaca Bueno.
“Aqui na Focus, ensinamos o valor do trabalho em equipe e o respeito ao outro para pessoas de todas as idades que vivem comunidades pretas periféricas. Fazemos isso através das artes integradas na linha de moda, teatro, dança, música, artes plásticas, escrita criativa, costura, serigrafia, comunicação digital. Para oportunizar, capacitar, incluir, aproximar e trazer visibilidade para os nossos”, completa
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Redação iBahia
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