Valorização, moda e negritude: festival AFROPUNK Bahia conecta artistas e público em último dia de evento

Acompanhado de chuva, o segundo dia do festival AFROPUNK Bahia, que aconteceu neste domingo (27), evidenciou os dois pilares do evento: moda e negritude. Neste dia, se apresentaram Baco Exu do Blues, Ludmilla, A Dama, ÀTTOOXXÁ, Carol Konká, entre outros artistas negros e negras.

Não foram só os artistas que deram show. O tradicional desfile de moda, uma marca do AFROPUNK, não deixou a desejar neste segundo dia. O público do evento levou para o segundo dia de festa looks expressivos e inspiradores.

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No rosto da plateia estava marcado que o festival entregou tudo o que prometeu: valorização da cultura preta e uma oportunidade de se expressar. "Eu acho que esse é um momento crucial para enaltecer nossa ancestralidade, nossa cultura", afirma Elisa Maria Souto, de 25 anos, que participou do segundo dia de AFROPUNK.

Nesse sentido, a luz que o evento coloca sobre questões de raça, gênero, sexualidade e identidade tornam sua visibilidade uma arma potente para engajar mudanças e novos olhares. Além disso, o AFROPUNK é, para muitas pessoas, um momento de conexão uns com os outros.

"Esse é um momento de muita emoção e comunhão. Acho que nós encerramos o evento com muita conexão depois de um ano tão difícil no Brasil", conta Patrícia Santana, de 31 anos, sobre o encerramento do evento.

Toda essa conexão, principalmente entre os artistas e o público, pôde ser vista através do shows. Após a apresentação da DJ Tamy, os artistas Mart'nália, Larissa Luz e Nelson Rufino dividiram o Palco Gira em uma roda de samba que agitou o público. Entre homenagens a carreira de Rufino, grande sambista baiano, e às mulheres do samba, o trio cantou clássicos do gênero em uma apresentação inspiradora. Veja vídeo:

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Com um salto no tempo, o festival deu espaço para o rapper Young Piva que se apresentou no Palco Agô, e cantou um estilo de música completamente diferente da apresentação anterior. O rapper embalou o público com seus maiores sucessos, entre eles a música "Fogo", que contou com a participação surpresa de Baco Exu do Blues. Veja vídeo:

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Mais esperados

Logo após Young Piva, foi a vez do próprio Baco se apresentar, dessa vez no Palco Gira. Um dos artistas mais esperados da noite, o rapper dirigiu-se aos fãs como a "facção carinhosa" e embalou o público com suas músicas.

Em uma demonstração clara de sua ligação com os fãs, Baco encantou a multidão que dançou, cantou e balançou ao som das músicas do artista. Veja vídeo:

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Ainda no Palco Gira, a cantora Ludmilla se apresentou e levou os fãs a loucura. A artista embalou o público com sucessos da carreira, além de levar para o palco os últimos lançamentos da cantora como Lud Sessions e o Numanice, projeto premiado com um Grammy Latino. Animada, Ludmilla reviveu antigas músicas recebeu no palco a cantora Liniker e A Dama.

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Logo depois, foi a vez de Carol Konká e ÀTTOOXXÁ que tiraram a galera do chão e encerraram as atrações da noite passando o microfone para a A Dama, que se apresentou com a MC Carol. O palco Gira também recebeu os artistas colombianos Dawer x Damper. A dupla agradeceu a oportunidade e divertiu a multidão com seu estilo de música latina afro-futurista.

Valorização

Também um espaço de valorização de artistas emergentes, o Palco Agô do AFROPUNK recebeu nomes importantes da cena afro baiana e nordestina. O grupo Performance Radiante se apresentou e trouxe dançarinos com diferentes estilos ao palco.

Depois foi a vez da rapper N.I.N.A que levou a galera ao delírio. Muito querida pelo público, a cantora fez uma apresentação emocionante e contou com um coro completo em todas as suas apresentações. Para finalizar a noite, o palco Agô recebeu a cantora Rayssa Dias, de Recife. Veja vídeo:

A cantora é conhecida por suas músicas no estilo Brega Funk e agitou a multidão com músicas de seu estado, logo depois, passou o microfone ao grupo Ministereo Público.