Salvador é múltipla em muitos sentidos. É a capital mais feminina e preta do país. É também a mais desejada pelos turistas. A que está entre os municípios com mais igreja e, também, das tradicionais feiras. Populares e diversas, na capital baiana esses locais fazem parte da identidade e do dia-a-dia dos soteropolitanos.
Carregando a história de Salvador e dos bairros em que estão integralizadas, as feiras soteropolitanas são um mergulho na culinária e artesanato da cidade. Das bairristas até a maior feira livre da Bahia, a de São Joaquim, são nelas que pulsam algumas das coisas que mais representam a capital baiana: gente e sabor.
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Conheça abaixo a história e curiosidades de algumas feiras de Salvador:
Feira de São Joaquim
A Feira de São Joaquim, localizada na Cidade Baixa, próximo do Comércio, é a maior feira livre da Bahia. Primeiro chamada de Armazém do Cais de número sete, ela também foi a Feira do Sete, quando vendia apenas peixe pescados no país e nos rios do Recôncavo.
Também foi chamada de Água de Meninos, porque havia uma bica onde os meninos que iam ao local tomavam banho. Mas foi com "São Joaquim", que ela criou raízes na história soteropolitana, resistindo há mais de meio século.
Quem vai à Feira de São Joaquim encontra frutos do mar, tempero verde, folhas de todos os tipos, e refeições bem baianas como sarapatel, feijoada e por aí vai.
Feira de Periperi
Outra feira que é bem tradicional, é a Feira de Periperi. Hoje, com espaço próprio, no princípio ela acontecia na praia do Subúrbio, sempre às sextas-feiras.
Canos e saveiros vindos de Mar Grande, Maragojipe e Bom Jesus dos Pobres sopravam um búzio para chamar os moradores para as compras. Ela também já esteve na via principal da Periperi, até passar a funcionar no "Mercado de Periperi", após revitalização da Prefeitura.
Mas isso não impede, por exemplo, que partes das famosas 'barraquinhas' retornarem ao local de tradição: a rua. Algumas, até hoje, estão pelas vias do bairro. Além disso, na Praça da Revolução, uma feira de roupa costuma acontecer aos sábados.
Feira do Japão
A Feira do Japão existe há mais de 60 anos no bairro da Liberdade, na rua Gonçalo Coelho. A existência da feira data de 1957, quando um grupo de japoneses se instalou no local com barracas de madeira.
Foram eles que começaram a comercializar frutas, verduras, peixes, carnes e outros produtos. Por causa disso, a feira passou a ser chamada de "Feira do Japão" e até hoje é ponto de referência no bairro.
Feira da Sete Portas
Com mais de 80 anos, a Feira das Sete Portas, também conhecida como mercado, foi inaugurada em 1940, quando Salvador ainda tinha 290 mil habitantes. Manoel Pinto de Aguiar, advogado e empreendedor, foi o responsável pela criação.
O espaço tornou-se opção para compras entre Nazaré e Brotas, localizada na rua Cônego Pereira. Menor em estrutura, mas rica em mercadorias, a feira e é também uma das mais tradicionais em Salvador.
Nathália Amorim
Nathália Amorim
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