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Alimentos descartados na Feira de São Joaquim terão novo destino

A cooperativa tem capacidade para abrigar 20 pessoas e tem o apoio dos feirantes e familiares

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02/04/2014 às 14:58 • Atualizada em 29/08/2022 às 5:53 - há XX semanas
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Foi inaugurado nesta quarta-feira (2), no Galpão Água de Meninos, a CooperFeira Novo Sabor - Cooperativa de Alimentos da Feira de São Joaquim. O propósito é utilizar os quase 150 quilos de frutas, legumes, verduras, hortaliças e mais uma diversidade de gêneros alimentícios que são descartados semanalmente pela maior feira livre da Bahia, a Feira de São Joaquim, para venda, seja por estarem amassados ou muito maduros. A cooperativa abriga 20 pessoas e tem o apoio dos feirantes e familiares. A sede conta com fogão industrial, batedeira, desidratadora e outros utensílios necessários para a manipulação e produção dos alimentos. Como parte das ações de economia solidária e do projeto É Dia de Feira Solidária, foram investidos R$ 1 milhão. A iniciativa é fruto de um convênio entre a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e a instituição Avante-Educação e Mobilização Social.
A maior feira livre da Bahia, a Feira de São Joaquim abriga cerca de três mil feirantes. Eles comercializam frutas, legumes, verduras, hortaliças e uma diversidade de gêneros alimentícios
A CooperFeira Novo Sabor vai reaproveitar grande parte dos alimentos descartados na produção de polpas, sucos e doces, como disse a coordenadora da cooperativa, Fabiane Brasileiro. "A ideia surgiu a partir das demandas dos feirantes, que estavam preocupados com a quantidade de descarte de produtos. Então, vamos produzir alimentos a partir desse material, e os feirantes serão os próprios doadores. Aqui serão feitos o tratamento e a higienização das frutas e legumes", completou.
Segundo a feirante e cooperada Ednalva dos Santos, 57 anos, é um sonho que se realiza. “Há mais de 50 anos, trabalho nessa feira. Meu pai era o feirante mais velho daqui. Vi o desperdício de comida durante muito tempo, como frutas que caíam do caminhão, ou estavam amassadas, serem jogadas no lixo. Estou feliz em fazer parte desse projeto que vai reaproveitar esses alimentos que estão bons e podem se transformar em outros, como doces, e voltar para a prateleira dos nossos colegas feirantes com qualidade e cuidado”.
A iniciativa é fruto de um convênio entre a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e a instituição Avante-Educação e Mobilização Social
Para o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, além de uma estratégia de incentivo, a economia solidária é uma valorização da cultura local. "Buscamos também valorizar as tradições dessas pessoas que há muito tempo já atuam aqui e gerar essa oportunidade de renda com uma concepção de trabalho coletivo que a secretaria procura apoiar. Além de envolver esses equipamentos e instalações, envolve também o acompanhamento desse trabalho”.

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