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Após ver médica pela 1ª vez, mãe de irmãos deixa júri chorando

Enfermeira Marinúbia Gomes pediu por justiça

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Redação iBahia

05/12/2017 às 11:40 • Atualizada em 31/08/2022 às 20:43 - há XX semanas
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Após ver Kátia Vargas pela primeira vez, nesta terça-feira (05), a mãe de Emanuel e Emanuelle deixou o salão júri onde acontece o primeiro dia de julgamento da médica acusada de matar seus dois filhos em acidente de trânsito no bairro de Ondina, em 2013. A enfermeira Marinúbia Gomes saiu do salão 45 minutos depois que o júri começou.
"Deus está no controle, a luta é por vitória, é por justiça que seja feita para as ambas as famílias. É isso que eu quero, é isso que eu peço a Deus", afirmou Marinúbia Gomes
Marinúbia voltou para o salão do júri. Ela ficou cerca de 15 minutos do lado de fora. "Ela saiu para tomar um ar. É o primeiro momento que ela teve frente a frente com Kátia Vargas", explicou Maria do Carmo, psicóloga e amiga da família.
Depois de alguns meses em silêncio, a mãe dos irmãos Emanuel e Emanuelle falou rapidamente com o CORREIO ao chegar ao Fórum Ruy Barbosa, na manhã desta terça-feira. "O sentimento é de confiança. Fé em Deus, fé na Justiça. A gente tem que ter, né?", disse a enfermeira em entrevista ao CORREIO. A enfermeira não estava falando sobre o caso por orientação dos advogados.
Sem condições de falar
Na sexta-feira (1º), Marinúbia chegou a ir ao fórum onde estavam sendo entregues as 220 senhas para o público interessado em assistir ao julgamento. Ela chegou por volta das 2h30, acompanhada de amigos e um advogado, cumprimentou as pessoas que estava na fila mas permaneceu dentro do carro da família, estacionado na mesma rua. Ela, assim como a família de Kátia, tem direito a senhas reservadas.
Exatos 1.517 dias depois do acidente, a família dos dois aguarda com expectativa o julgamento da médica Kátia Vargas, acusada de ter provocado o acidente que culminou nas mortes. Amanhã, no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, ela será submetida a júri popular. Este dia, para a família dos irmãos, vai ser mais do que um momento cercado de expectativa: vai ser o fechamento de um ciclo após quatro anos.
Desempregada há pouco mais de um ano, a enfermeira Marinúbia não consegue trabalho. Nas últimas entrevistas de emprego, foi descartada pela repercussão do caso, segundo Mayane Gomes, prima dos filhos da enfermeira. Abalada, preferiu não falar com a reportagem. Procuramos a enfermeira ao longo da última semana, mas a família relatou que ela está sem condições de falar sobre o assunto. Mesmo quando informamos que na edição de ontem do CORREIO publicaríamos uma entrevista com a médica, ela optou não falar.

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