O desconto concedido durante a pandemia de Covid-19 no valor de uso do Teatro Castro Alves (TCA) e Concha Acústica foi revogado. A decisão foi confirmada ao iBahia nesta sexta-feira (31) pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), que é responsável pela administração do local. Artistas e produtores que recebiam o benefício repudiam a mudança.
Em nota, o setor explicou que, durante o período pandêmico, o valor de uso dos espaços caiu de 10 para 5%. No entanto, desde o incêndio que acometeu o TCA, a classe tem tido prejuízos com shows e eventos cancelados.
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Procurada pelo iBahia, a Secult informou que com a extinção de calamidade pública e a regularização integral dos eventos culturais em todo o país, o retorno do valor original se "faz necessário para garantir a manutenção dos equipamentos".
Ainda segundo o órgão, a Secult "continua aberta ao diálogo com toda a classe artística cultural do estado". A Secretaria afirma também que a Associação Baiana dos Produtores de Eventos não compareceu a uma reunião com a diretora da Funceb, Piti Canella, designada pelo secretário Bruno Monteiro. No entanto, a classe nega a informação, e afirma ainda tentar uma reunião com o secretário.
A Procuradoria Geral do Estado (PGE) ressalta que orientou a criação de um grupo de trabalho para propor regulamentação do tema por "ato normativo, com fixação de tabela indicativa para valores de pauta para convocatórias futuras".
Em nota, a Fundação Cultural do Estado, órgão vinculado à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult/BA), explicou que o desconto em 50% do valor de uso do Teatro Castro Alves (TCA) e Concha Acústica, foi dado durante o período pandêmico "como uma forma de amenizar as perdas financeiras de artistas e produtores culturais àquela época".
"Com o fim da pandemia e das restrições sanitárias, a Fundação Cultural, que gere o Complexo do TCA, decidiu retomar o valor cheio da pauta dos equipamentos públicos, de modo a não prejudicar a manutenção dos mesmos. Ao manter o desconto, estaríamos diante de uma perda de receita de pouco mais de R$1 milhão ao ano", diz o comunicado.
A Funceb também reiterou que a dirigente do órgão, Piti Canella, "se solidariza com os artistas e produtores por entender o mercado", e destaca a importância de manter "a qualidade estrutural e de pessoal de todo Complexo do Teatro Castro Alves".
Redação iBahia
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