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Caso Colombiano: polícia foca investigação de duplo homicídio

A atenção da Secretaria da Segurança Pública (SSP) está voltada neste momento para os ex e atuais diretores do Sindicato dos Rodoviários

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19/05/2012 às 10:10 • Atualizada em 27/08/2022 às 3:18 - há XX semanas
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As prisões das cinco pessoas acusadas de envolvimento na morte do tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários, Paulo Colombiano, e da mulher dele, Catarina Galindo, em junho de 2010, não encerram as investigações. A atenção da Secretaria da Segurança Pública (SSP) está voltada neste momento para os ex e atuais diretores da entidade. “Agora, o foco principal é a atual diretoria e a diretoria que estava na época do crime. Todos serão investigados, inclusive o presidente. É uma questão que está muito associada à morte de Paulo Colombiano”, afirma o titular da pasta, Maurício Barbosa. “Nós acreditamos que (no sindicato) ainda há pessoas que possam estar envolvidas com o delito”, completa. As investigações da polícia apontaram que o crime foi cometido depois que Paulo Colombiano decidiu revisar valores pagos à empresa de plano de saúde Mastermed. O sindicato pagava R$ 35 milhões de taxas administrativas à Mastermed, valor considerado alto por ele. O casal foi executado a tiros no dia 29 de junho de 2010. Dois inquéritos foram instaurados, a partir das mortes. Um dos inquéritos é criminal e levou à prisão de cinco pessoas na quinta-feira, entre elas o empresário Claudomiro César Ferreira, dono da Mastermed e apontado como mandante do crime. O outro investiga possíveis irregularidades administrativas do sindicato. Sindicato O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Manoel Machado, diz que até agora não foi intimado, mas que vai colaborar. “Estou à disposição da polícia, que fez um trabalho brilhante. Tirei um peso das costas. Foram 2 anos sofrendo com a especulação da oposição sobre a participação do sindicato na morte dos companheiros”, diz. Questionado sobre o fato de a polícia ter recolhido documentos e computadores do sindicato, Machado disse que não pode impedir o trabalho da polícia e afirma que nunca notou qualquer tipo de irregularidade na entidade. Manoel está na diretoria desde 1989. Antes de se tornar presidente, em 2010, passou pelos cargos de diretor, vice-presidente e tesoureiro. Atualmente, Manoel trabalha como secretário do parlamentar Jota Carlos (PT), na Assembleia Legislativa, onde está desde 2002. Prisões Claudomiro César Ferreira Santana e o irmão Cassio Antonio Cerqueira Santana foram presos no Victory Tower, no Corredor da Vitória, na quinta-feira. Além de dono da Mastermed, Claudomiro é capitão da reserva da Polícia Militar da Bahia e proprietário do Atacadão Centro-Sul, na Calçada. Além deles, também foram levados ao xadrez em cumprimento de mandados de prisão o ex-funcionário da Mastermed e atual chefe de segurança do Atacadão Centro Sul, Edílson Duarte de Araújo, e os ex-segurança do Centro Sul, Wagner Luís Lopes de Souza e Adailton Araújo de Jesus, apontado como braço-direito de Claudomiro. O Ministério Público (MPE) aguarda conclusão dos inquéritos. “Ainda é muito precoce dizer quais medidas podemos tomar. Temos que esperar a conclusão do inquérito, que, após as prisões, deve acontecer logo, já que as prisões têm prazo”, analisa a promotora Mônica Barros, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco).

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