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Caso Geovane: promotora cobra da SSP controle sobre GPS e câmeras

PMs desligaram GPS da viatura e cortaram fio de câmera instalada no carro

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20/04/2015 às 8:29 • Atualizada em 30/08/2022 às 22:16 - há XX semanas
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Na denúncia contra os 11 PMs apontados como responsáveis pelo sequestro e assassinato do jovem Geovane Mascarenhas de Santana, em agosto de 2014, a promotora Isabel Adelaide Moura solicita à Justiça que peça providências à Corregedoria da Secretaria da Segurança Pública (SSP) sobre o funcionamento do Departamento de Modernização e Tecnologia.
(Foto: Reprodução/YouTube)
Para a representante do Ministério Público, a investigação sobre a morte do rapaz, dentro da sede da Rondesp/BTS, no Lobato, “revela a absoluta ausência de monitoramento e/ou adoção de providências quanto a desativação de GPS e câmeras instaladas em viaturas”. De acordo com a denúncia, baseada em inquérito policial de 83 páginas, a investigação mostrou que os policiais desligaram o GPS da viatura 22211 e cortaram a fiação da câmera instalada no carro da guarnição composta pelo subtenente Claudio Bonfim Borges, e os soldados Jesimiel e Jailson. Os três foram responsáveis pela abordagem de Geovane na Calçada, onde ele foi agredido e colocado na patrulha. Um dos policiais levou sua moto. Os três cumpriram prisão preventiva. A promotora afirma na denúncia que a desativação do GPS e a inutilização da câmera demonstraram que os acusados “já com o objetivo de agir ilicitamente, tentaram inviabilizar eventual controle de suas ações”. O inquérito mostrou que os PMs elaboraram relatório de serviço descrevendo que naquele dia haviam feito rotas e rondas em locais “absolutamente diversos” do real. Os investigadores só conseguiram apurar as reais movimentações da patrulha porque o GPS, mesmo desligado, emitiu sinais à sua central — localizada em outro estado — e que o radiocomunicador portátil (HT) usado por Jesimiel também registrava a localização. O crime, cometido no dia 2 de agosto, foi apurado depois de o CORREIO denunciar o desaparecimento do rapaz e revelar, cm exclusividade, imagens da abordagem policial em que Geovane é colocado dentro de uma viatura da Rondesp. A promotora denunciou 11 policiais da Rondesp: o subtenente Cláudio, os sargentos Gilson Santos Dias e Daniel Pereira de Souza Santos; e os soldados Jesimiel Jailson, Cláudio Nobre, Fábio Masavit Cardozo, Jocenilton Ferreira, Roberto Santos de Oliveira, Alan Moraes Galiza e Alex Santos Caetano.

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