Turistas e devotos de Bom Jesus dos Navegantes lotaram a igreja da Conceição da Praia, na manhã desta sexta-feira (1º), para assistir à missa e participar da procissão marítima em homenagem ao santo, uma tradição que existe há 176 anos.
Com passos lentos e recém recuperada de uma cirurgia na perna, dona Maria Helena de Souza, 75 anos, arrastava os chinelos para acompanhar a procissão. A razão de tanto sacrifício era gratidão. “Sou devota de Bom Jesus dos Navegantes há muitos anos. Fiz um pedido a ele, antes da minha cirurgia. Ele atendeu”, contou dona Lene.
Devotos lotaram a Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia esta manhã (Foto: Gil Santos/ CORREIO) |
Imagem de Bom Jesus dos Navegantes embarcou na galeota Gratidão do Povo por volta das 10h (Foto: Gil Santos/ CORREIO) |
Devoção
O primeiro dia do ano também foi de fé para outras centenas de pessoas que assistiram as missas realizadas por toda a cidade. Na igreja do Senhor do Bonfim foram dez celebrações nesta sexta-feira. Do lado de foram, turistas e baianos aproveitaram para amarrar as famosas fitas coloridas no gradil da igreja.
“Dizem que se a gente pedir com fé o desejo se realiza, então pedi de todo o coração. Essa é a segunda vez que venho a Bahia e a religiosidade do baiano é marcante em cada canto da cidade”, contou a turista carioca, Fernanda Godoy.
Para alguns fiéis não apenas o pedido, mas principalmente a forma como se pede é que faz toda a diferença. A enfermeira Milena Cardoso, 32, entrou na igreja de joelhos e continuou a caminhada até o altar. Outras dezenas de fiéis fizeram o mesmo. “Estou agradecendo uma graça e fazendo um novo pedido. Tenho muita fé”, contou a mulher.
A baiana de acarajé Júlia Barreto, 60, saiu de Cajazeiras para assistir à missa e fazer as preces. Ela garante que todos os meses faz, ao menos, três visitas à igreja do Senhor do Bonfim. “Tive cinco filhos e fui a mãe e o pai deles desde que eram pequenos. Pedia ao meu pai, o Senhor do Bonfim, para me ajudar a cria-los bem. Hoje, todos têm profissão e estão empregados. Passamos por muitos apertos, mas nunca perdi a fé”, contou, emocionada.
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