Os dois homens suspeitos de torturar dois ex-funcionários de uma loja após suspeita de furto são ouvidos pela Polícia Civil nesta quarta-feira (31), em Salvador. Eles são o dono e o gerente do estabelecimento. Esta é a segunda vez que o proprietário presta depoimento.
Os esclarecimentos estão sendo dados na 1ª Delegacia Territorial, que fica localizada nos Barris e apura o caso. De acordo com a defesa dos investigados, a dupla confessa que cometeu lesão corporal contra os jovens, mas nega que tenha ocorrido tortura.
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Em entrevista cedida à imprensa durante a manhã, o delegado que cuida das investigações, William Achan, informou que ainda não havia elementos para a prisão dos suspeitos e que, por isso, o pedido ainda não foi feito.
Segundo o delegado, os homens não representam perigo para a sociedade, não oferecem risco às vítimas, estão colaborando com as investigações e não têm passagens pela polícia.
Ainda não há definição de se isso deve mudar após o depoimento desta quarta-feira. Acompanhados de advogados, os suspeitos chegaram na delegacia pouco depois das 11h e não há previsão ainda de quanto tempo devem durar as oitivas.
Além dos suspeitos, os dos jovens e as mães deles foram intimados para depoimento e já foram ouvidos ao longo das investigações. De acordo com a Polícia Civil, os laudos de exames de lesões corporais irão contribuir para os próximos passos da investigação, a partir da gravidade das lesões constatadas.
Além da Polícia Civil, o caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-BA), que abriu um inquérito para apurar a situação, e pelo Ministério Público (MP-BA), que informou ao iBahia nesta quarta-feira que aguarda a finalização do inquérito da polícia para "tomar as medidas cabíveis".
As investigações começaram na última sexta-feira (26), depois que umas das vítimas registrou ocorrência. No mesmo dia, o dono do estabelecimento foi ouvido pela polícia e disse que teria agredido as vítimas porque havia ficado chateado com o sumiço de R$ 30 da loja. O outro jovem registrou o crime depois.
De acordo com relatos das vítimas, que têm 24 e 21 anos, as agressões aconteceram no dia 19 de agosto e foram filmadas. Além do dono da loja, o gerente participou dos ataques. As imagens foram compartilhadas nas redes sociais como um “aviso” para os próximos que pensassem em cometer crimes contra a loja, como acusa o homem.
Um dos jovens foi agredido com pauladas nas mãos e o outro teve as mãos marcadas com o número 171, em referência ao artigo 171 do Código Penal Brasileiro, que trata sobre o ato de estelionato, ou seja, enganar outras pessoas para conseguir benefícios próprios.
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Redação iBahia
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