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Diferentes gerações de alunos, cineastas, produtores e professores estiveram presentes, ontem, no enterro do crítico de cinema e professor da Faculdade de Comunicação da Ufba André Setaro, 64 anos, que sofreu um infarto na quarta e morreu na quinta. Previsto para 11h, no Campo Santo, o sepultamento aconteceu por volta das 12h30, marcado por uma despedida respeitosa e bem-humorada, fazendo jus à personalidade de Setaro, segundo os presentes. “As pessoas chegaram pesarosas, mas começaram a se encontrar e a ouvir as histórias. Todo mundo começou a rir, lembrando desses momentos”, destacou o escritor e produtor Emmanuel Mirdad, 33, que foi homenagear o professor, na sua opinião “o maior crítico cinematográfico em atividade do país”. “Foi realmente um momento para todos se reunirem ali e dar o adeus ao André Setaro. Teve muita demonstração de carinho, respeito e admiração”, ressaltou a diretora da Facom, Suzana Barbosa. “Parecia que ele não queria ir. Setaro virou Quincas Berro d’Água. Ele deveria estar ali rindo. Acho que isso foi uma traquinagem dele”, disse Mirdad sobre o atraso, lembrando o personagem de Jorge Amado. A despedida contou coma presença de nomes como os cineastas José Araripe Jr., Walter Lima Jr. e Pola Ribeiro; o escritor Ruy Espinheira Filho; o diretor da Faculdade de Direito da Ufba, Celso Castro; o desembargador Nilson Castelo Branco; e o representante do Ministério da Cultura na Bahia e Sergipe, Lula Oliveira.