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Estabelecimentos são notificados após cobrança por sacolas em Salvador

Fiscalização da Codecon para garantir a oferta gratuita de sacolas começou e já identificou irregularidades em Salvador

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Naiana Ribeiro

16/07/2024 às 6:59 - há XX semanas
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Cinco estabelecimentos foram notificados na última segunda-feira (15) por cobrarem por sacolas em Salvador. A fiscalização da Diretoria de Ações de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon) já começou e visa garantir a oferta gratuita de sacos e sacolas plásticas recicláveis ou reutilizáveis na capital baiana. Os estabelecimentos comerciais precisam também expor essa informação de forma clara.


				
					Estabelecimentos são notificados após cobrança por sacolas em Salvador
Estabelecimentos são notificados após cobrança por sacolas em Salvador. Foto: Reprodução / Canva Pro

Os locais que não seguirem a norma enfrentarão penalidades que vão desde notificações até autuações em casos de reincidência, podendo resultar em multas que variam de R$ 900 a R$ 9 milhões. Gerentes de pequenos mercados argumentam que a gratuidade terá impacto negativo nos negócios, enquanto os clientes celebram a economia.

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A Lei nº 9699/23, alterada pela Lei nº 9817/2024, determina a necessidade de exibição de placas informativas nos estabelecimentos que reforcem a oferta gratuita de sacolas recicláveis.

A diretora-geral da Codecon, Talita Vilarinho, informou que as caixas de papelão não podem ser a única opção ofertada. "Além da gratuidade, os lojistas precisam fornecer alternativas recicláveis e que suportem os produtos, para garantir um transporte seguro. É válido ressaltar que as caixas de papelão não podem ser a única opção ofertada. Os consumidores podem nos acionar a qualquer momento através dos nossos canais de denúncia, como o aplicativo Codecon Mobile”, afirma.


				
					Estabelecimentos são notificados após cobrança por sacolas em Salvador
Estabelecimentos são notificados após cobrança por sacolas em Salvador. Foto: Ascom/Codecon

A lei obriga os comerciantes a utilizarem sacos e sacolas plásticas recicláveis ou reutilizáveis, conforme as especificações da Norma Técnica NBR 14.937 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). As informações sobre o peso e o valor suportados, assim como o nome e o CNPJ do fabricante, devem estar impressas na sacola, de maneira a atender às especificações da ABNT.

Onde relatar o descumprimento da lei das sacolas

A Codecon disponibiliza diversos canais oficiais para os consumidores relatarem o descumprimento da lei: o aplicativo Codecon Mobile, o aplicativo Fala Salvador, o site, o portal Fala Salvador e a Central de Atendimento Disque Salvador - 156.

A Central Municipal de Atendimento ao Consumidor funciona de segunda a sexta-feira em dias úteis, das 8h às 17h, na Rua Chile, nº 3, Centro.


				
					Estabelecimentos são notificados após cobrança por sacolas em Salvador
Estabelecimentos são notificados após cobrança por sacolas em Salvador. Foto: Reprodução / Canva Pro

Entenda leis envolvendo as sacolas plásticas em Salvador

A distribuição de sacolas plásticas não recicláveis foi proibida em Salvador em maio deste ano. Desde a proibição das sacolas plásticas, os estabelecimentos comerciais, principalmente os mercados, passaram a cobrar a mais para os consumidores que desejassem embalar as compras em sacolas plásticas recicláveis, que eram oferecidas nos caixas. A opção gratuita para os consumidores era levar as próprias embalagens ou sacolas de casa.

Em junho, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) recomendou a suspensão da cobrança de sacolas plásticas em mercados do estado. Em nota, o órgão informou que a recomendação foi enviada para a Associação Baiana de Supermercados (Abase), que reúne as empresas em atuação no estado.

Segundo a promotora de Justiça Leila Adriana Vieira Seijo de Figueiredo, autora da recomendação, é "imprescindível" que haja alternativas “ao consumidor para o transporte e armazenamento das mercadorias adquiridas nos supermercados”.

Ainda conforme divulgou o MP-BA, também foi recomendado no documento que os supermercados ofereçam aos consumidores alternativas gratuitas para suprir a necessidade das sacolas plásticas tradicionais. Foram sugeriras opções como sacolas e embalagens de papel, reutilizáveis ou biodegradáveis, sem custo ao consumidor.

A promotora de Justiça classificou a cobrança como abusiva e ressaltou também que a investigação do MP teve como foco “as lacunas técnicas do referido instrumento legislativo que a regulamenta”. O assunto foi discutido na Câmara Municipal e agora os comércios terão que se reestruturar para disponibilização do material para o consumidor.

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