Estudantes da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e do Instituto Federal da Bahia (Ifba) que moram em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, retomaram as aulas em 2017 sem contar com o programa Transporte Universitário, suspenso pela prefeitura da cidade. Sem condições de bancar com o deslocamento para assistir as aulas, os estudantes que antes contavam com ônibus fretados pelo poder municipal procuraram o Ministério Público da Bahia e organizam um protesto em frente à prefeitura para esta quinta-feira (12).
De acordo com a prefeitura, o contrato com a antiga empresa venceu no dia 31 de dezembro e não pôde ser renovado por conta da necessidade de um novo processo licitatório, o que justificaria a suspensão. Os estudantes, no entanto, pedem por uma solução.
"Alguns estudantes estão perdendo aula por não ter condições de bancar R$22 de gastos de transporte por dia e muita gente, como é o meu caso, tem dormido em casa de amigos ou tentado bancar um dia ou outro para voltar para casa. Tem estudante com medo de perder por falta”, explica o estudante de Geografia da Ufba Adson Silva, 22 anos. Segundo ele, o problema impacta mais de 480 alunos da Ufba, além de outros estudantes do Ifba. Por conta de greves nessas instituições, os alunos têm tido aulas mesmo no mês considerado de férias.
Negociação
Na primeira terça-feira do ano (3), os estudantes se reuniram com representantes da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, que anteciparam para ele que o problema não deve ser facilmente resolvido. “Ele (o secretário Armando Mansur) disse que os gastos estavam altos, que não poderia continuar assim e que não era possível renovar o contrato de emergência que foi feito com a última empresa, depois que a anterior processou a prefeitura por atrasos nos pagamentos”, conta Adson.
A prefeitura informou que pretende regularizar o serviço somente no dia 6 de fevereiro. “O engraçado é que vai retornar justamente no dia em que as faculdades particulares voltam às aulas. É como se a gente não importasse”, critica o representante dos estudantes.
Em nota, a prefeitura se posicionou informando que “está empenhada em regularizar o programa para os estudantes do município que começarão as aulas a partir de fevereiro”. Explicou ainda que o processo licitatório vai buscar um menor valor para o serviço já que o anteriormente praticado seria “incompatível com o real de mercado” e atribui os prejuízos sofridos pelos estudantes às greves nas instituições.
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Redação iBahia
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