O adolescente de 17 anos agredido por torcedores do Bahia, com socos e chutes, no domingo (20), teve o maxilar quebrado. O caso aconteceu no bairro de Sussuarana, em Salvador. Nesta segunda-feira (21), a mãe do garoto, Veneci Dias dos Santos, confirmou a fratura e desabafou sobre o que aconteceu.
“Ele está bastante debilitado, quebrou o maxilar, foi terrível. Eu estou sem palavra, alguns vídeos eu ainda não consegui ver, porque é muita crueldade e violência”, disse Vaneci Dias dos Santos em entrevista ao Bahia Meio Dia.
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“Graças a Deus não estou chorando de luto. Faltou pouquíssimo para meu filho morrer”,
De acordo com a mãe do jovem, o filho saiu para comprar remédio, quando encontro o amigo no caminho e decidiu ir com ele para a praia. Os torcedores teria jogado um artefato explosivo no ônibus ons deles estavam e os passageiros tiveram que descer do veículo e correr.
Ainda segundo Veneci Dias, o filhou não conseguiu correr porque é asmático e tem dificuldades de respiração.
Um vídeo gravado por pessoas que passavam pelo local, mostra o momento em que o adolescente é abordado e recebe murros e chutes por um grupo formado por mais de 15 pessoas. Veja abaixo:
"Pediu misericórdia pela vida dele, mas no vídeo é possível ver que não tiveram", comentou a mãe ao revelar que o garoto chegou a implorar para não ser agredido.
A vítima foi socorrida para o Hospital Geral do Estado (HGE), com lesões graves no rosto.
Segundo informações inicias da polícia, o adolescente teria sido perseguido e agredido pelos torcedores que vestiam camisas da torcida organizada Bamor.
A polícia chegou a divulgar que o jovem espancado seria torcedor do rival dos suspeitos, o Vitória. No entanto, segundo a família da vítima, ele não torce pelo clube.
O adolescente foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde a ocorrência foi registrada. O caso será encaminhado à 11ª Delegacia Territorial (DT) de Tancredo Neves para apurar as circunstâncias, autoria e motivação das agressões.
Em nota ,a Bamor informou que repudia os atos ocorridos no último domingo, em Sussuarana, e que a instituição além prezar pelo apoio incondicional ao Bahia, pela festa na arquibancada, preza pelo respeito aos torcedores e a paz nos estádios.
A torcida organizada também afirmou que os os três integrantes levados para a delegacia foram liberados, porque a polícia entendeu que eles eram inocentes. Essa informação é diferente da divulgada pela Polícia Civil, que afirmou que apesar deles terem sido soltos, responderão a inquérito policial.
"Reiteramos, uma vez mais, a necessidade de conscientização de todos os torcedores, associados ou não, para que evitem qualquer tipo de ato que possa gerar tumulto e violência", afirmou a torcida, na nota.
Redação iBahia
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