Cerca de 100 familiares dos policiais militares envolvidos na greve de PMs entre os meses de janeiro e fevereiro de 2012 fazem um protesto no Centro da cidade pela anistia dos líderes do movimento presos durante a mobilização. Segundo informações da Central de Polícia, a manifestação começou por volta das 12h desta terça-feira (28), na praça do Campo Grande. Em carta divulgada à imprensa, os manifestantes informaram a intenção de organizar um ato pacífico organizado por familiares e militantes de movimentos sociais que lutam contra as prisões políticas dos líderes do movimento grevista. "Além das prisões serem ilegais, nossos familiares estão recebendo tratamento desumano, incompatível com qualquer princípio constitucional. Ressaltamos, sobremaneira, que nosso objetivo é unicamente o devido processo legal, imparcial e sem benefícios", afirma o movimento na carta. Nesse momento, os manifestantes se dirigem ao Quartel dos Aflitos, onde uma comissão dos familiares dos PMs vai ser recebida por integrantes da cúpula da PM no local. 12 dias de greveO comando de greve do grupo de policiais militares e bombeiros baianos ficou paralisado durante 12 dias, de 31 de janeiro até o dia 12 de fevereiro. A decisão de encerrar a greve foi tomada durante assembleia realizada no dia 11 de fevereiro no Sindicato dos Bancários, no bairro dos Aflitos, no Centro de Salvador. Ficou decidido que os militares terão reajuste de 6,5% retroativo a janeiro deste ano. Em contrapartida, os militares abriram mão da revogação do decreto de prisão dos policiais e bombeiros envolvidos nas ações grevista. Durante todo o período em que os PMs estiveram paralisados, uma onda de saques, de violência e também de boatos impôs o temor e o pânico em diversas partes do estado. Ônibus foram queimados, estabelecimentos comerciais foram fechados, aulas suspensas, prejuízos nos bares e restaurantes foram contabilizados, dezenas de eventos cancelados, tiroteio, arrastões e homicídios cometidos na capital baiana. No total, o efetivo de policias militares da Bahia é de cerca de 30 mil profissionais. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) somente 10% da categoria teria aderido à greve. Entretanto, para as diversas associações de policiais, este número teria sido muito maior. O sargento Agnaldo Pinto, presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar da Bahia (APPM), chegou a afirmar que 90% teria cruzado os braços e, mesmo os que não participara da ocupação da Assembleia, ficaram recolhidos nos quartéis ou companhias.
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