O 'Festival de Cultura Popular – Arte, Cultura e Memória do Povo Baiano em Movimento' ocupará o Centro Histórico de Salvador entre os dias 25 e 27 de novembro. O projeto tem como principal objetivo proporcionar visibilidade e protagonismo aos principais grupos de Cultura Popular da Bahia, criando uma verdadeira vitrine.
O evento, organizado pelo Instituto ACM, reúne 24 grupos de várias cidades do Recôncavo Baiano, reunindo elementos de arte, dança, música, artesanato e culinária. A programação de três dias inclui ainda participações especiais de artistas e músicos baianos, que estarão se integrando aos grupos nos cortejos.
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Tudo isso de forma gratuita, garantindo a amplitude e democratização de acesso a um conteúdo cultural de qualidade a todo o público da cidade de Salvador, seus turistas e visitantes.
SHOWS NO PALCO
Em um palco montado no Cruzeiro do São Francisco, os grupos encontrarão espaço de protagonismo, com apresentações musicais e artísticas. A programação no palco contará com 20 shows distribuídos ao longo de cada um dos três dias do Festival.
FEIRA DE ARTESANATO E GASTRONOMIA
Ainda no Cruzeiro do São Francisco, a tradicional Feira da Sé reunirá 50 expositores, em um mix de produtos de artesanato, objetos utilitários e comidas típicas das regiões participantes do projeto. Peças tradicionais da ceramista Dona Cadu e as cores e formas das máscaras produzidas por artesãs e artesãos de Maragojipinho, além de santos em cerâmica, bordados, tecelagens, entre muitos outros trabalhos, poderão ser apreciados e adquiridos pelo público.
Restaurantes e bares da região do Centro Histórico fará a rota gastronômica com cardápio especial de culinária típica para os apreciadores de uma boa gastronomia.
PROGRAMAÇÃO
DIA 25/11 – Abertura (Sexta-feira)
• 11h às 19h - Feira da Sé
• 11h - Banda Didá e cortejo de baianas
• 16h – Filhos de Gandhy
• 17h - Missa celebrativa na igreja Rosário dos Pretos com a participação
das Irmandades da Boa Morte e dos Homens Preto
DIA 26/11 (Sábado)
• 11h às 19h - Feira da Sé
• 10h às 18h - Apresentação dos Grupos no palco e o cortejo nas ruas
• Encerramento – Grupo musical João do Boi
DIA 27/11 (Domingo)
• 11h às 19h - Feira da Sé
• 10h às 18h - Apresentação dos Grupos no palco e o cortejo nas ruas
• 18h – Encerramento – Samba de Roda de D. Cadu
OS GRUPOS
- Caretas do Acupe (Santo Amaro)
Tradição africana presente no engenho do antigo Acupe desde meados do século XIX, os participantessaem àsruas, emitindo sonsfortes e assustando a comunidade, principalmente as crianças.
- Quadrilha Junina Forró Asa Branca (Salvador)
As quadrilhassaíramda Europa e chegaramaossalões brasileiros em princípios do século XIX e, especialmente, em algumas zonas rurais, onde passou a ser dançada por ocasião dos festejos juninos.
- Nego Fugido (Santo Amaro)
Espetáculo de forte conteúdo dramático tem como argumento a perseguição, captura e libertação de escravos escapados do domínio dosseus senhores. No decorrer do espetáculo, toques e cânticos de candomblé estão presentes.
- Cortejo de Baianas (Salvador)
A origem das baianasremonta ao período da Colônia, quando as negras de ganho percorriam as ruas da cidade com tabuleiros equilibrados sobre a cabeça vendendo comida. No tabuleiro, estavam as iguarias dos orixás, acarajé, vatapá, abará, que as filhas de santo comercializavam como obrigação do Candomblé.
- Pierrot Tradição de Plataforma (Salvador)
Associação fundada para incentivar o esporte e a cultura. Os integrantes se apresentam vestidos de pierrô, usando máscaras de pano com longas orelhas, como nos antigos carnavais.
- Lindro Amor (Santo Amaro)
Manifestação de cunho religioso que tem como objetivo pedir esmolas para comemorar os festejos de São Cosme e São Damião, ou de outro santo. Os santos são colocados em andores ornamentados de papel crepom colorido e flores. O cortejo é acompanhado por instrumentistas tocando viola, cavaquinho, pandeiro,tambor e violão. Os cânticos entoados estão ligados ao santo homenageado.
- Maculelê (Santo Amaro)
Dança de procedência negra e influência ativa da cultura baiana, ocorre normalmente na cidade de Santo Amaro,sendo um showfolclórico que ocorre a mais de 100 anos.O grupo se compõe por alguns pares de homens, armados com um bastão de boa madeira de lei.
- Capoeira (Salvador)
A mais conhecida e praticada forma de folclore na Bahia. Nessa manifestação de grupos, participam lutadores que, entre golpes de ataque e defesa, demonstram que, além da arte, a cultura prevalece. Tudo leva a crer que a capoeira, um misto de dança e luta, tenha sido criada e desenvolvida no Brasil pelos escravos e seus descendentes, como meio de defesa, com base em tradições africanas.
- Sambas de Roda Raízes (Santo Amaro - Seu João do Boi, Samba Chula de São Brás, e Filhas de D. Cadú de Coqueiros, D. Nicinha)
Nome dado à Dança de Umbigada executada na Bahia. O grupo toca, canta, dança e quem puxa é um solista que é respondido por indivíduos em coro acompanhado por instrumentos de percussão e cordas. No samba-de-roda, cada participante vai ao centro do círculo formado pelo grupo, faz um pequeno solo e tira outra pessoa para dançar no centro, com uma umbigada. É um dos mais antigos tipos de samba, derivado do samba africano, primeira manifestação dessa dança no Brasil.
- Banda Feminina Didá (Salvador)
Banda percussiva feminina fundada em 1993 pelo maestro Neguinho do Samba.
- Afoxé Filhos de Gandhy (Salvador)
Seus membros-foliões estão vinculados a um terreiro de candomblé, unidos por uma religião, pelo uso da língua, da dança, do ritmo e dos códigos de origem nagô. A palavra “afoxé” significa adivinhação, profecia ou predição do futuro.
- Irmandade da Boa Morte e dos Homens Pretos(Cachoeira e Salvador)
A Irmandade da Boa Morte é uma confraria religiosa afro-católica brasileira que organiza a Festa da Boa Morte. A história da confraria religiosa da Boa Morte se entrelaça com o maciço tráfico de escravos da costa da África para o Recôncavo canavieiro da Bahia, em particular para a cidade de Cachoeira.
- Chegança Fragata Brasileira de Saubara (Saubara)
A marujada surgiu em Portugal, como comemoração, no contexto das conquistas e descobrimentos marítimos dos séculos XVI e XVII. Chegou ao Brasil, através dos portugueses que colonizaram nosso país. Porém, sofreu, em terras brasileiras, algumas modificações e adaptações culturais, ficando desta forma um pouco diferente do fandango de Portugal.
- Samba de Bumba meu Boi e a Burrinha (São Bartolomeu)
Manifestação que sai na Lavagem Popular de São Bartolomeu no mês de agosto.
- Grupo Cultural Samba de Roda de Maragogó (Maragojipe)
Tradicional do Recôncavo trazendo a singularidade da região.
- Mascarados de Maragogipe (Maragojipe)
Tradicional grupo que é referência no carnaval da cidade, que se tornou o maior e mais festejado do interior da Bahia. Beleza, irreverência e alegria em um desfile diverso e representativo.
- Samba filhos de Maracangalha (Maracangalha)
Tradicional samba que leva o nome da localidade eternizada na canção do mestre Caymmi. Alegria e irreverência.
- Charanga Festiva de São Félix (São Félix)
Músicos que percorrem o circuito tocandomarchinhas e levando o clima daslavagens e festas de largo do interior da Bahia. Figuras tipicas e baianas também fazem parte do cortejo.
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Redação iBahia
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