Samantha Vitena participou do programa "Encontro" nesta segunda-feira (1º) e falou pela primeira vez sobre o episódio em que foi retirada de um voo da Gol pela Polícia Federal, após ter se recusado a despachar uma de suas malas com um notebook dentro. O caso aconteceu na última sexta (28), em viagem de Salvador a São Paulo.
"Ainda estou tentando entender tudo. Os vídeos estão me ajudando um pouco a entender. Fiquei bastante abalada com toda essa situação. Tenho recebido muitas mensagens, e as pessoas me dizem 'obrigado, você falou por mim. Obrigado por ter se posicionado'. Isso tem me dado forças", disse a professora.
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Na entrevista concedida a Patrícia Poeta e Manoel Soares, a professora também destacou que ainda se questiona o motivo de ter passado por toda a situação e espera que casos como o dela não voltem a acontecer.
"Ainda me questiono. Porque o meu corpo foi considerado uma ameaça? A ponto deu ser retirada de um avião. Esse é o sentimento que passa aqui dentro agora", continuou.
"Espero que não aconteça, espero que isso não volte a acontecer. Essa história não é sobre mim. É sobre pessoas que passaram ou que passam por esse tipo de situação", completou ela.
"Parabéns pela força", desejou Manoel Soares, que tem prestado ajuda para Samantha com advogados.
Através de uma nota, a Gol afirma que havia uma grande quantidade de bagagens para serem acomodadas a bordo e que muitos clientes colaboraram despachando volumes gratuitamente. “Mesmo com todas as alternativas apresentadas pela tripulação, uma cliente não aceitou a colocação da sua bagagem nos locais corretos e seguros destinados às malas e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo”, disse o comunicado.
A tripulação do voo G3 1575 (Salvador - Congonhas) da Gol pediu que a passageira despachasse a sua mochila com justificativa de que não havia mais espaço no bagageiro. De acordo com o relato da professora no vídeo, ela não queria fazer isso por medo de danos ao seu notebook.
A empresa, no entanto, afirma que ela pôs a mala em local que obstruía a passagem, o que trazia risco à segurança do voo. “Em casos como este, a tripulação não pode seguir viagem e, obrigatoriamente, precisa reacomodar a bagagem”, completou a nota da companhia aérea.
No domingo (30), a Polícia Federal da Bahia abriu um inquérito policial para apurar suspeita de crime de racismo nno caso da professora.
Redação iBahia
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