Depois de conferir o troféu Pau de Sebo à presidente Dilma Rousseff por considerá-la inimiga da causa gay, o GGB (Grupo Gay da Bahia) voltou a fazer severas críticas à gestão da petista. O fundador da organização, o antropólogo Luiz Mott, divulgou um vídeo em que ataca os posicionamentos tomados pela presidente nestes quase 15 meses de governo. As principais queixas foram relacionadas ao veto do kit anti-homofobia nas escolas. "Infelizmente, nunca tivemos no Brasil uma presidente ou presidenta tão homofóbica como a senhora", disparou no começo do vídeo. Logo em seguida, Mott entra naquilo que ele considera como os grandes equívocos do governo para o avanço das causas LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). "Esse Kit não foi inventado de última hora. Teve pesquisa, apoio do Unesco, do Conselho de Psicologia, e custou R$ 2 milhões aos cofres públicos. Mais de 6 milhões de jovens deixaram de ser capacitados para respeitar, mais de 3 mil professores e de 6 mil escolas". Em outro momento, o decano do movimento gay responsabiliza a presidente pela morte do menino Rolliver de Jesus, de 12 anos, que se enforcou com um cinto da mãe por causa de homofobia no ambiente escolar. "Cometeu o suicído por sua causa! Ele não aguentava mais o bullyng nas escolas. Mas a senhora tem a mão suja de sangue não apenas por esse adolescente", acusou. Mott também comentou as declarações de Dilma de que o governo não faria propaganda de homossexuais: "Não queremos privilégios, queremos direitos iguais. E o que o seu governo faz é propaganda dos heterossexuais. Tudo o que é da causa gay é vetado pelo governo. É ignorância falar em opção sexual. Não é opção, é orientação". Além de Dilma, ele falou sobre a decisão do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de proibir a veiculação dos filmes de prevenção à Aids para gays no carnaval. "Entre os gays e, sobretudo, entre os jovens gays o nível de contaminação de HIV chega à 11%, enquanto que entre os héteros é de 1%. E proibiu um filmete que não havia sequer beijo gay, enquanto a televisão mostra cena de sexo. Vetou pela homofobia". Outro ponto foi a onda de violência contra gays no Brasil. O antropólogo mencionou o episódio do espancamento de uma casal homossexual na Estação Pirajá, em Salvador: "Nós estamos no fundo do poço em termos de direitos humanos para os homossexuais. Queremos uma nação livre, justa e igualitária. Reconheça o mal feito e que foi um equívoco. Libere o kit, libere o filme de prevenção aos gays". De acordo com o levantamento feito pelo GGB, somente em 2012, foram mortos 81 homossexuais no Brasil, um a cada de 20h. Veja o vídeo [youtube i84VGA9RR1s]
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