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Geovane foi morto por decapitação, aponta laudo

A Polícia Civil já havia revelado que a arma usada para matar a vítima foi uma faca. Segundo laudo, o corpo foi envolto em um plástico antes de ser queimado

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19/09/2014 às 7:58 • Atualizada em 01/09/2022 às 20:16 - há XX semanas
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Foto: Arquivo CORREIO

Decapitação. É a causa da morte de Geovane Mascarenhas Santana, 22 anos, visto pela última vez com vida no dia 2 agosto, durante uma abordagem realizado por policiais da Rondesp no bairro da Calçada. O laudo do Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues (IMLNR) foi assinado pelos peritos Eliomar Santana Trindade e Paulo Sérgio Peixoto de Araújo no dia 26 de agosto e encaminhado ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelas investigações. O CORREIO teve acesso, ontem, ao documento, que aponta que, após a decapitação, o corpo foi carbonizado, além de sofrer mutilações. A ação é classificada no exame como “dantesca”. Geovane foi “vítima de decapitação seguida de carbonização, ações de extrema violência, associadas a requisitos de característica dantesca com a mutilação e retirada das mãos, dos testículos e do pênis e das tatuagens”, diz o laudo. O exame mostrou que não havia fuligem nas vias aéreas do corpo, o que “demonstra que não houve aspiração pela vítima de fumaça enquanto vivo”. Ainda de acordo com o documento, o corpo foi envolto em um plástico antes de ser queimado. Outra constatação é de que não houve fraturas no rosto ou na cabeça, nem lesões em órgãos e ossos, nem hemorragias. De acordo com o laudo, a arma utilizada no crime foi “objeto cortante ou penetrante”. A Polícia Civil já havia revelado que a arma usada para matar a vítima foi uma faca. O corpo de Geovane foi encontrado carbonizado e degolado no Parque São Bartolomeu, no dia 3 de agosto. Já a cabeça e as mãos foram encontradas em Campinas de Pirajá, no dia 4. No dia 12, a Justiça decidiu prorrogar por mais 30 dias a prisão dos três policiais militares envolvidos no desaparecimento de Geovane. A arma do crime ainda não foi encontrada. Segundo o delegado Jorge Figueiredo, diretor do DHPP, a prorrogação foi necessária diante da complexidade da investigação e pela coleta de provas. O delegado preferiu não dar detalhes da apuração. Em razão disso, a conclusão do inquérito também foi prorrogada por mais 30 dias. Os policiais seguem presos no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas. São eles: o subtenente Cláudio Bonfim Borges, comandante da guarnição, e os soldados Jailson Gomes de Oliveira e Jesimiel da Silva Resende – todos lotados na Companhia de Rondas Especiais da Baía de Todos os Santos (Rondesp/BTS). Eles respondem a um Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado na Corregedoria da Polícia Militar — que investiga a conduta dos policiais e pode culminar até com a expulsão da corporação — e também ao inquérito aberto pela Polícia Civil, que apura o homicídio de Geovane. A prisão dos policiais aconteceu no dia 15 de agosto, dois dias depois de o CORREIO publicar uma reportagem mostrando o vídeo em que Geovane é colocado no porta-malas de uma viatura da Rondesp/BTS. As imagens foram conseguidas pelo pai de Geovane, Jurandy Silva Santana, que investigou por conta própria o desaparecimento do filho. Matéria original do Correio Geovane foi morto por decapitação, aponta laudo

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