O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, negou que irá pedir intervenção federal na segurança de Salvador após casos de violência registrados na última semana. Entretanto, o gestor admitiu a possibilidade de tomar a medida, no futuro, caso seja necessário. As informações são do g1.
"Se precisar, não terei problema, mas não há ambiente agora para a gente poder duvidar [da segurança da Bahia]. Não é preciso a intervenção do governo federal no estado da Bahia. Estamos tranquilos e firmes com isso", disse o governador.
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O depoimento foi dado antes que o governador participasse da cerimônia de hasteamento da bandeira, que acontece no tradicional desfile de 7 de setembro, na Praça Campo Grande, em Salvador, nesta quinta-feira (7).
"A Polícia Civil, a Polícia Militar, a nossa fala é uma fala máxima de segurança. Mas já estamos tendo uma parceria com a Polícia Federal, tanto na inteligência quanto nas intervenções feitas", pontuou.
As recentes troas de tiros e ações com reféns liberados têm aterrorizado moradores do bairro do Alto das Pombas. Desde domingo (3), 11 pessoas foram mortas em confronto com a Polícia Militar e outras oito foram presas entre o Alto das Pombas e o Calabar, bairro vizinho. Durante as operações, mais de 15 armas foram apreendidas.
Tiroteios intensos começaram a ser registrados na noite de domingo, na região do Alto das Pombas, e continuaram a acontecer no bairro vizinho, Calabar, ao longo da segunda (4) e terça-feira (5). Até o momento, o balanço da situação registra:
- 11 pessoas mortas
- 8 pessoas presas
- 4 ações com 17 reféns, que foram liberados sem ferimentos
- Apreensão de 6 fuzis, 11 pistolas e 3 granadas
De acordo com a Polícia Militar, as mortes contabilizadas durante o confronto são de pessoas que tinham envolvimento com facções criminosas.
O Secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Marcelo Werner, declarou que o aumento da violência na capital está atrelado ao crescimento desses grupos. Responsável pela pasta disse isso em coletiva de imprensa dada após reunião da cúpula da Segurança Pública com o governador Jerônimo Rodrigues.
Na quarta -feira (6), o secretário não participou de dois chamados da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) para prestar esclarecimentos aos deputados que compõem a Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública no órgão. Segundo informações do g1, Marcelo Werner é aguardado há seis meses na casa legislativa.
Em nota, a SSP-BA informou que mantém ações de inteligência e repressão qualificada nas localidades onde houve registros de tiroteios ao longa desta semana.
Redação iBahia
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