Sem documentos e com um prejuízo estimado em US$ 10 mil (cerca de R$ 20 mil), os jornalistas mexicanos Marck Gutt, 25 anos, e Felipe Luna, 26, assaltados na avenida Contorno no último domingo, tinham previsão de embarcar nesta terça (12) à noite para São Paulo num voo da TAM. Lá, eles poderão retirar um novo passaporte para Felipe no Consulado do México e retornar ao país de origem amanhã. O consulado informou que já está ciente do problema. Em conversa com o CORREIO, Luna contou que, junto com o amigo, escreve para diversas revistas de viagem e veio ao Brasil para conhecer Florianópolis, em Santa Catarina, e Salvador. Eles chegaram na capital baiana sexta-feira passada e ficaram hospedados do Hotel Convento do Carmo, no Centro Histórico. Domingo visitaram o Museu de Arte Moderna e, ao saírem do local, por volta das 13h, foram abordados por quatro homens, dois deles com facas, que levaram duas câmeras profissionais, sete lentes, dois iPhone, documentos, dinheiro e quatro cartões de crédito. “A divisão de classes sociais é um problema muito evidente na cidade. É muito contrastante”, opina Felipe. No Twitter, Marck disse que estava frustrado de estar em um lugar tão fotografável e sem ter como trabalhar. Segundo o departamento de comunicação da TAM, os jornalistas solicitaram as passagens aéreas para elaborar reportagens no Brasil e também contarão no retorno ao México com bilhetes da companhia. Preocupados em recuperar os equipamentos roubados, os mexicanos prestaram queixa na Delegacia do Turismo (Deltur) e enviaram uma carta à Secretaria Estadual de Turismo (Setur) pedindo resolução do caso. “A partir disso fomos bem tratados, mas é importante que a gente fale disso por causa da Copa do Mundo e também da recente greve da polícia”, afirma Felipe, que diz ter esperanças que a polícia ainda recupere os equipamentos. Segundo a Setur, o secretário Domingos Leonelli acionou a Secretaria da Segurança Pública e conversou com a titular da Deltur, Christiane Xavier, para saber sobre as investigações. A Polícia Civil diz que prendeu, nesta terça (12), seis homens com características semelhantes às descritas por Marck e Felipe – negros, de estatura média, sendo um deles rastafári e outro com a cabeça raspada. Mas Felipe afirma que apenas dois suspeitos foram apresentados a ele e ao colega. Os mexicanos não reconheceram os detidos que, em seguida, foram liberados.
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