Jovem confessa ter matado rival por legítima defesa em show do Olodum

Preso em uma operação da Polícia Civil na rua do Gravatá na noite desta quarta, Uilames Conceição dos Santos, de 24 anos, confessou ter matado seu rival, Diogo Santos Silva, o "Pé de Bolo", durante o show da banda Olodum, no Pelourinho, no dia 29 de maio deste ano. Ele e Franklin Conceição Batista, de 32 anos, conhecido como "Secão", apresentados nesta sexta-feira (30), na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), são apontados pela polícia como os responsáveis pela morte de "Pé de Bolo" e Edmilson dos Santos, o "Monstro". Uilame alegou legítima defesa e disse ter sido ameaçado por "Pé de Bolo", mas segundo as investigações da SSP, eles executaram as vítimas a mando de Arison dos Santos Sales, o "Au", e Udson Silva Costa, que estão presos na Cadeia Pública de Salvador. Gangues rivais no Centro Histórico "Pé de Bolo" era o maior de todos na rua 3 de Maio, no Pelourinho. Ele era suspeito de matar Xota. Au não gostou - e mandou matá-lo. O assassinato do traficante Diogo Santos da Silva, 21 anos - o Pé de Bolo - durante o ensaio do Olodum, no Largo Pedro Archanjo, é reflexo de um conflito entre traficantes que vem assustando o Centro Histórico. O traficante Uilames, comparsa de Au, era o atual chefe do tráfico da rua do Gravatá, conhecida como Cracolândia, transversal da Baixa dos Sapateiros. O crime, segundo o tenente-coronel José Jorge Nascimento, comandante da 18ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), é resultado da rivalidade entre traficantes das duas ruas. “Eles disputam pontos de tráfico e o Pé de Bolo já devia estar marcado para morrer. Ele já tinha sido preso pelo menos três vezes por tráfico de drogas”, relata. A rua 3 de Maio é apontada pela Associação dos Comerciantes do Centro Histórico (Acopelô) como rota de fuga para bandidos que agem na região. A área, segundo um investigador, era liderada por Pé de Bolo. Do outro lado, na rua do Gravatá, o tráfico é liderado pelo traficante de prenome Árison, conhecido como Au. * Com informações dos repórteres Bruno Wendel e Leo Barsan