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Lojas de roupas e bijuterias lideram na abertura de negócios na capital

Baianos abrem mais butiques do que bares

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29/09/2011 às 8:12 • Atualizada em 28/08/2022 às 2:06 - há XX semanas
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Butiques que vendem roupas ou bijuterias. Estes são os negócios que mais abriram as portas em Salvador de janeiro a agosto deste ano. Segundo dados da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom), órgão responsável pela entrega do Termo de Viabilidade de Localização (TVL), 1.298 lojas de vestuário e acessórios foram abertas no período, superando segmentos como bares e mercados (veja ranking na página ao lado). O TVL é um pré-licenciamento para que a empresa possa funcionar. Depois das lojas de roupas e bijuterias, o segmento que tem mais atraído a atenção dos empreendedores na capital baiana é o de lanchonetes, casas de chá e sucos e similares, que tiveram a emissão de 800 TVLs. Em seguida, estão os minimercados (com 765 TVLs) e os restaurantes e similares (com 743 TVLs). A gerente de informações da Sucom, Eliana Marback, revela que o resultado do ranking da abertura de negócios em Salvador já vem se repetindo há dois anos, sempre com as butiques na frente. Para o coordenador da unidade regional do Sebrae, Richard Alves, o maior número de butiques tem dois motivos: comerciantes de roupas que estão se formalizado e o aumento da renda da classe C, que vem gastando mais e fomentando essa área. “Este crescimento do consumo é visível principalmente nos bairros mais populares e reflete o momento econômico que o país tem vivido”. Orientação Mas, antes que os interessados pensem em abrir mais uma loja de roupas na cidade, Michel Lima, gestor de negócios do Sebrae, explica que é preciso identificar oportunidades. Ele enumera três delas. A primeira é quando não há lojas de roupas, por exemplo, na localidade em que ele resolveu se instalar. Segundo Lima, essa é a situação mais confortável, porque não há concorrência. Outro ponto é quando há muitas lojas na região, mas o empresário tem um diferencial a oferecer, seja no produto ou no atendimento, para conquistar os clientes. E, na última situação, o empresário cria uma necessidade, pensando um novo negócio que conquiste por ser inovador. “Nesta área de vestuário, os consumidores estão muito atentos às novidades, ao que está em foco. O empresário precisa superar as expectativas do cliente”, analisa Lima. plano de negócios O coordenador do curso de Gestão Comercial da Universidade Salvador (Unifacs), Eduardo Gandarela, ainda lembra que abrir um negócio não é tão fácil como parece. “A carga tributária é muito alta, o que inibe o crescimento, e nem todos podem fazer um investimento. Ser empreendedor é muito bom, mas precisa ser profissional”. Gandarela dá sua dica mais valiosa. “Fazer um plano de negócios é essencial. Com ele em mãos, muitas respostas virão. Mas o ideal é que o futuro empresário tenha experiência e prazer em trabalhar no ramo”, orienta. Quem aproveitou a oportunidade e expandiu seus negócios foi a empresária Camila Schreiber, proprietária da loja de roupas femininas Boach, no Shopping Paseo. Camila abriu a nova loja em março deste ano, após ter que fechar a unidade que tinha na Barra porque o imóvel foi vendido. Questionada sobre os desafios, Camila diz que a fidelização dos clientes e a construção de uma marca não são fáceis. “Também não adianta querer atrair todos os públicos. Tem que determinar qual o público que se quer atingir”, analisa. AlimentaçãoApostar no ramo de comida, outro setor em alta, foi a estratégia dos sócios Marcelo Pude e Marcelo Abbehusen, que abriram a segunda loja da Empada Carioca. Segundo Pude, o potencial está na própria dinâmica da cidade, que não permite mais as pessoas fazerem as refeições em casa. Outra dica de Pude é sobre a administração. “E o que engorda o negócio é o olho do dono. Mesmo sendo uma franquia conhecida, tem que estar presente para ir para frente”. Quem também resolveu apostar no setor foi Márcia Franco, sócia da boate Off Club, que abrirá até dezembro um café-teatro - bar e gourmet, no Rio Vermelho. “Estamos fugindo um pouco da cultura de Salvador, em que as pessoas sentam em cadeiras de plástico”, alerta. Ela diz ainda que o lugar alinhará qualidade no atendimento, na comida e no ambiente. Um em cada 10 pedidos é negadoPara abrir um novo negócio, antes de alugar um espaço ou mesmo comprá-lo, é preciso ter cuidado. A gerente de informações e sistemas da Sucom, Eliana Marback, aconselha os empresários a procurarem o órgão para retirar o Termo de Viabilidade de Localização (TVLs). Pelo próprio site da Sucom, o interessado pode dar entrada no processo que leva, em média, 48 horas, segundo ela, para ser respondido. “O importante é dar todas as informações verdadeiras, para nada interferir na análise”. De todos os pedidos, cerca de 10% são negados pelo órgão. Entre as razões estão a falta de adequação do local para a atividade, principalmente no caso de alimentação, e a impossibilidade por causa de residências na redondeza, como no caso dos bares. Outro exemplo é posto de combustível, que não pode se instalar perto de escola, por ser atividade de risco.

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