Funcionários da obra da linha 2 do metrô de Salvador passaram mal e a maioria deles foi hospitalizada, nesta quinta-feira (31), após ingerir a comida servida pela empresa Ferreira Guedes, que presta serviço à CCR Metrô Bahia, concessionária do sistema. Ao todo, 110 colaboradores foram identificados com quadro de intoxicação, sendo que 78 deles seguiram para atendimento em UPAs dos bairros de Itinga, São Cristóvão e para o posto de saúde Nelson Barros, no Centro de Lauro de Freitas. Apesar da ausência dos trabalhadores, a assessoria de comunicação da CCR informou que o trabalho não foi suspenso.
Parte dos colaboradores chegou na UPA de Itinga, no início da manhã. De acordo com Brenda Virginia, funcionária do local, eles relataram dores na barriga e vômito. Ainda segundo a UPA, os 33 pacientes informaram que comeram arroz, feijão, salada e galinha no almoço oferecido pela empresa, no dia anterior. "Chegaram três ônibus com os funcionários, mas, nós não tivemos como atender todo mundo porque não tinha vaga", contou Brenda.
O posto de saúde Nelson Barros recebeu 25 trabalhadores. Ao CORREIO, o posto informou que eles tomaram soro e medicamentos, e depois foram para casa.
Segundo reportagem do telejornal Bahia Meio Dia, da Rede Bahia, os funcionários consumiram a refeição em um restaurante montado pela terceirizada.
"[Comi] feijão, arroz, frango que tava desfiado, carne misturada. A gente não sabe dizer exatamente o que fez a gente passar mal", disse um dos operários que passou mal, e preferiu não se identificar.
"Fui trabalhar hoje pela manhã achando que só era eu que tava passando por isso. Mas, chegando lá [canteiro de obras], vi que os outros colegas também estavam passando pela mesma situação, não só os colegas de campo, como também do administrativo, gerência", comentou outro trabalhador, que precisou de atendimento médico.
Em nota, a assessoria de comunicação da CCR afirmou que a empresa ofereceu todos os tipos de assistências para os funcionários. Além disso, a CCR disse que está investigando as amostras de água e alimentos, para que seja identificada a origem do problema.
Precedente
Em 2015, os trabalhadores do metrô precisaram ser encaminhados para ambulatórios médicos do canteiros de obras da Estação Pirajá, destino final da linha 1. Eles também estavam com suspeitas de intoxicação alimentar. Na época, a CCR informou que uma empresa havia sido contratada para fazer as refeições para os mais de 5 mil operários que atuavam nas obras
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Redação iBahia
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