Médicos denunciaram descumprimento da jornada de trabalho e tratamento desigual de profissionais que trabalham no posto do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A denúncia foi feita encaminhada pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) ao Ministério Público da Bahia (MP-BA).
A situação foi denunciada ao MP-BA no final de 2022, mas ganhou repercussão no início desta semana. Segundo o documento enviado pelos profissionais, os médicos estão sendo beneficiados pelas irregularidades, que estão sendo abafadas pelo TJ-BA.
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Além disso, o documento detalha que os médicos não executam dedicação exclusiva, apesar de serem devidamente remunerados para trabalhar apenas no TJ-BA. Os profissionais também não cumprem as jornadas de trabalho, com chancela da instituição segundo a denúncia, e se beneficiam irregularmente do teletrabalho.
Também é relatado que estes profissionais usam o tempo pago para dedicação exclusiva em outros hospitais. Um deles chega a possuir outros quatro empregos, gerando um acúmulo de função irregular. Três dos acusados acumulam funções em órgãos do Governo da Bahia.
Em nota, o Ministério Público da Bahia instaurou um procedimento a partir das informações apresentadas pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed). O órgão também já enviou ofícios ao Tribunal de Justiça, o Hospital Geral do Estado e o Departamento de Polícia Técnica para que se manifestem.
O iBahia entrou em contato com o TJ-BA e pediu um posicionamento sobre a denúncia, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
Profissionais denunciados
O documento apresenta uma lista com os nomes dos profissionais que estariam em irregularidade. Entre eles está o Dr. Rogério Couto Tourinho que, além do TJ-BA, trabalha no Instituto de Urologia da Bahia (IUB) e no Hospital Geral do Estado. Também faz parte da lista o Dr. Leônidas Assis Garcia Rosa, que faz parte do Departamento de Polícia Técnica (SSP/BA), da Clínica de Brotas e do Hospital Jorge Valente.
O Dr. João Dias de Andrade Filho também está na lista de profissionais irregulares. Ele trabalha na Clínica de Assistência em Urologia (CAU), no Departamento de Polícia Técnica (SSP/BA) e Hospital Aliança. A Dra. Diana Vetter Vincis também foi denunciada por trabalhar na TECON SALVADOR/WILSON SONS, para além da TJ-BA.
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Redação iBahia
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