Metade da população está acima do peso; percentual assusta em SSA

Um levantamento realizado pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, mostrou que 16,5% dos brasileiros substituem diariamente o almoço ou jantar por lanches, como pizzas, sanduíches e salgado; 23,3% dos brasileiros ingerem refrigerantes, no mínimo, cinco dias por semana. O resultado disso é que 50,8% dos brasileiros estão acima do peso e 17,5% obesos. Em Salvador, os índices estão abaixo da média nacional, no entanto, não deixam de alertar para uma necessidade de mudança de comportamento, uma vez que 47% dos soteropolitanos estão acima do peso e 15% são obesos. Em comparação com as outras 27 capitais pesquisadas, a capital baiana é a penúltima com população com sobrepeso e obesidade. De acordo com o levantamento, os homens têm mais excesso de peso do que as mulheres – 54,7% contra 47,4%. Mais que formas arredondadas, o excesso de peso tem impacto direto no desenvolvimento de doenças crônicas como o diabetes, hipertensão e alguns tipos de cânceres.De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa,quanto maior a escolaridade, menor a taxa de obesidade e excesso de peso. “Isso indica que sobrepeso não é uma situação imutável e nós podemos mudar essa realidade com políticas públicas e mudança de comportamento também”, explica. AlimentaçãoPara a endocrinologista Dayse Santana Filgueiras Magalhães, o maior responsável por esse desequilíbrio em relação ao peso e, consequentemente, à saúde reside nos erros alimentares. “A maioria das pessoas não se dá conta que come muito e se alimenta mal”, diz a médica. Ela conta que na prática de consultório, é comum ver pessoas que consomem alimentos muito calóricos acreditando que não fará mal. “É preciso uma mudança de hábito e uma reeducação para que se entenda que, mesmo no final de semana, não dá para comer tudo e em grandes quantidades”, pontua. Com uma opinião muito parecida, a nutricionista Cláudia Facioli destaca que são múltiplos os fatores que contribuem para o sobrepeso e a obesidade da população, no entanto, os maus hábitos alimentares e o sedentarismo são os mais importantes. “Quando investigamos os quadros clínicos, geralmente, o fator genético é o último aspecto a ser considerado”, completa.Outro aspecto importante para a nutricionista diz respeito à informação e à sensibilização para o valor nutricional dos alimentos. “Um bombom e uma maçã possuem quase o mesmo valor calórico, no entanto, o doce não alimenta ao contrário da fruta que traz inúmeros benefícios à saúde, mas as pessoas precisam estar atentas a isso”, esclarece. Para a nutricionista, a educação para saúde, envolvendo especialmente as crianças em idade escolar, é de fundamental importância para reverter esse quadro e conseguir uma estratégia verdadeiramente eficiente na mudança e construção de hábitos mais saudáveis e menos danosos à saude."Prevenção é o caminho",defende. Por toda a vidaO mestre em Educação Física e estudioso da obesidade Valter Abrantes diz que a alimentação consegue trabalhar desequilíbrios energéticos com mais eficácia que a prática da atividade física simplesmente. “As pessoas costumam colocar alimentação física e alimentação num mesmo pacote e elas não são as mesmas coisas”, diz, ressaltando que creditar à atividade qualquer mudanças no padrão do corpo, termina por desestimular a prática e a permanência do exercício. “A atividade física precisa ser praticada sem a ansiedade pelos resultados, precisa ser praticada a vida inteira, sempre, como escovar os dentes”, diz o educador físico, ressaltando que a pessoa que pratica atividade física será sempre mais saudável do que quem não pratica, independente do peso. “Se compararmos duas pessoas com sobrepeso, sendo que uma pratica atividade e a outra é sedentária, a primeira sempre terá índices de pressão arterial e outros medidores melhores”, garante. Quando o assunto é a melhor prática e o número de vezes que a atividade deve ser realizada durante a semana, o educador físico diz que uma vez é melhor que nenhuma e que duas vezes por semana será sempre melhor que uma. “O importante é que a pessoa encontre a prática que mais se identifica (ou odeia menos) e faça com a constância que puder”, completa, destacando que o importante é se manter em movimento sempre. Cirurgia Bariátrica: encontro esclarece principais dúvidas sobre o tema Quem nunca ouviu falar que pacientes que fazem cirurgia bariátrica voltam a engordar um ano após o pós-operatório? Ou que perde-se mais peso nos seis primeiros meses após a realização da cirurgia? Ou ainda que as mulheres que fazem redução de estômago não podem mais engravidar? Após a bariátrica, muitos pacientes são acometidos pela depressão? Há uma série de mitos e verdades sobre a cirurgia bariátrica e uma boa oportunidade de esclarecer as dúvidas sobre o procedimento será a Reunião Mensal Multidisciplinar Pré-Operatório realizada pelo Núcleo de Tratamento de Cirurgia da Obesidade (NTCO). A próxima edição do encontro acontecerá no dia 28 de maio, às 18h30, e é aberta para pacientes que vão passar pelo procedimento ou desejam realizar a cirurgia. O evento será realizado na Avenida ACM, Edifício Empresarial Thomé de Souza, 5º andar, 3.244, Caminho das Árvores. (71)3235-1963/3235-1342. Clínica aposta em custos acessíveis para a população Com uma proposta inovadora de atendimento médico de alta qualidade com custo acessível para a população em geral, será inaugurada no próximo dia 5 de junho, o SIM Clínicas (Serviços Integrados em Medicina). O espaço funcionará na Avenida Lima e Silva, na Liberdade. O empreendimento, que incorpora a utilização de equipamentos e conceitos modernos, tem como objetivo tornar mais prático e eficiente o atendimento aos pacientes particulares e de planos de saúde em diversas especialidades, visando reduzir o tempo gasto na busca de diagnósticos e potencializar a eficiência dos procedimentos. Entre os serviços, estão: Angiologia, Anestesiologia, Cardiologia, Clínica Médica, Cirurgia Geral, Endocrinologia, Gastroenterologia, Geriatria, Ginecologia, Mastologia, Nefrologia, Neurologia, Obstetrícia, Ortopedia, Pneumologia, Proctologia, Radiologia, Reumatologia e Urologia e Exames Laboratoriais.Matéria original Correio 24hMetade da população está acima do peso; em Salvador percentual assusta