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Morre Eunice Jorge dos Santos, Dona Nicinha, do grupo 'As Ganhadeiras de Itapuã'

Informação foi divulgada em uma rede social na noite de sexta-feira (24); Eunice Jorge foi uma das fundadoras do grupo

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Redação iBahia

25/06/2022 às 10:07 • Atualizada em 26/08/2022 às 22:26 - há XX semanas
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					Morre Eunice Jorge dos Santos, Dona Nicinha, do grupo 'As Ganhadeiras de Itapuã'

Morreu Eunice Jorge dos Santos, uma das fundadoras do grupo As Ganhadeiras de Itapuã, na noite de sexta-feira (24). A informação foi confirmada em uma rede social.

Na publicação, o grupo lamentou a perda de uma "das mais influentes participantes" da família Ganhadeiras.

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"É com imensa tristeza que comunicamos o falecimento da nossa compositora, cantora e sambadeira EUNICE JORGE DOS SANTOS, a família Ganhadeiras perde uma das suas mais influentes participantes, mulher de muita fé que fará muita falta em nossas vidas. Vá em paz minha querida e com certeza serás mais um ser de luz a nos guiar."

Nicinha, além de uma das fundadoras do grupo era também compositora, cantora e sambadeira.

O sepultamento está previsto para ocorrer na manhã deste sábado (25), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz, no bairro de Nova Brasília.

Quem são as Ganhadeiras de Itapuã

O início da história das Ganhadeiras de Itapuã vem do momento onde o bairro era apenas uma vila de pescadores e um grupo de mulheres negras já lutava pela subsistência de suas famílias. Elas lavavam de ganho, preparavam peixes e outras iguarias para vender na rua, mercados, feiras. Iam a pé até o centro da cidade, equilibrando balaios nas cabeças.

No trajeto, “para espantar o cansaço”, iam compondo e cantando; eram cantigas de roda, sambas e cirandas. De toda essa tradição, surgiu o grupo Ganhadeiras de Itapuã.

Cronistas do dia a dia, as Ganhadeiras comunicam-se com diferentes gerações. Em pleno litoral da capital baiana, sua música foi recentemente nomeada de “Samba de Mar Aberto”, que se distingue das células do samba de roda do Recôncavo e traz características próprias, é aberta à influência da ciranda, sambas de diferentes matrizes, candomblé entre outras misturas rítmicas.

O grupo, que já tem mais de 15 anos e agora foi homenageado pela escola de samba Viradouro (vencedora do Carnaval 2020), já recebeu o Prêmio Culturas Populares – Mestre Duda 100 Anos de Frevo, concedido pelo Ministério da Cultura, e foi reconhecido como uma das iniciativas exemplares das culturas populares do Brasil.

Em 2014, lançou um disco homônimo que em 13 músicas reúne raridades da cultura negra baiana e brasileira, candomblé, a importância da presença e liderança feminina, o amor pela natureza e crianças. O trabalho foi contemplado na 26ª edição do Prêmio da Música Popular Brasileira na categoria Melhor Grupo e Melhor Álbum Regional em cerimônia realizada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

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