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Nomes curiosos de ruas e avenidas contam a história de Salvador

Saiba o que tem por trás dos nomes das localidades da capital baiana

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22/03/2016 às 14:06 • Atualizada em 27/08/2022 às 5:10 - há XX semanas
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Salvador completa 467 anos na próxima terça-feira (29) e traz, nos nomes de suas ruas, avenidas e ladeiras, a sua história. Quem nunca se perguntou porque a Avenida Luís Viana Filho recebeu o "apelido" de Paralela? E porque uma pequena rua nas proximidade do Largo Dois de Julho se chama Rua do Cabeça? O iBahia mostra o porquê desses nomes curiosos e ajuda a contar um pouco da história da primeira capital do Brasil.Avenida Paralela
A via, construída em 1971, foi batizada com o nome de 'Luís Viana Filho', em homenagem ao ex-governador do estado, mas tornou-se popularmente conhecida como Avenida Paralela, por ter sido construída em paralelo à Orla de Salvador.
Estrada da Rainha
Foi construída durante o reinado de D. Maria I, rainha de Portugal, que morreu no Rio de Janeiro, em 1816. Ladeira do Funil
O nome dessa localidade é devido ao seu traçado cônico, no formato de um funil. Rua do Cabeça
Localizada no centro da cidade, era nessa região que acontecia a matança e o comércio do gado na Bahia colonial. Na rua, que fica nas proximidades do Largo Dois de Julho, mulheres chamadas de "fateiras" costumavam expor cabeças de bois na porta dos seus estabelecimentos para sinalizar que ali vendia os subprodutos do animal. Atualmente é possível encontrar de tudo no comércio local, desde produtos para artesanato até objetos do candomblé.
Ladeira da Preguiça
Como as ladeiras que ligavam as partes baixa e alta não comportavam o volume das cargas vindas do porto, abriu-se uma via menos íngreme para o transporte exclusivo dessas mercadorias. Ainda assim, o trabalho continuava pesado e os escravos alegavam que "dava preguiça" subir a ladeira. De forma irônica, os feitores começaram a chamá-la de "Ladeira do Tira Preguiça" e, com o passar do tempo, a primeira palavra foi suprimida. Itapuã
Ao contrário do que muita gente pensa, Itapuã não significa "pedra que ronca". O nome do bairro tem origem no tupi e é a contração de itá + apuã, que significa, na língua indígena, "ponta de pedra" ou "cabo de pedra". Rua da Forca
Recebe esse nome porque era a rua que levava os condenados ao enforcamento, que acontecia na Praça da Piedade. No local passaram, em direção à execução, quatro participantes da Revolução dos Alfaiates, Manoel Faustino dos Santos Lira, Lucas Dantas do Amorim Torres, João de Deus do Nascimento e Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga
Rua do Tira Chapéu
A rua do Tira Chapéu fica nas proximidades da Praça Municipal e fica em frente ao Palácio Rio Branco, onde funcionava antigamente o Palácio do Governo. Por causa disso, os homens que passavam no local, tinham o costume de tirar o chapéu em reverência aos governantes.
Solar do Unhão
O local, onde funciona o Museu de Arte Moderna da Bahia, foi residência do desembargador Pedro de Unhão Castelo Branco, em 1692 e até hoje homenageia o seu antigo proprietário. *Fonte: "Histórias de Salvador nos nomes das suas ruas", Luiz Eduardo Dorea, Edufba.

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