Uma das principais usuárias do Porto de Aratu e empresa âncora do Polo Industrial de Camaçari, a Braskem se prepara para investir R$ 600 milhões na ampliação da área para atracação de embarcações e de armazenagem na Baía de Aratu, além de preparar as linhas de produção no polo para receber matéria-prima importada dos Estados Unidos. Segundo a Braskem, o projeto de construção do novo cais para atracação é a saída para garantir a continuidade das operações no Polo de Camaçari, importante gerador de emprego e renda da Bahia.A empresa pretende construir o cais na Prainha, em área ao lado do Porto de Aratu e a poucos metros de tubulações utilizadas para o transporte de produtos químicos em alta pressão. Para a implantação do porto, estão previstos investimentos de R$ 120 milhões e a geração de 200 empregos durante a fase de implantação do projeto, que deve durar um ano, a partir da conclusão do processo de licenciamento. Os outros R$ 380 milhões serão divididos entre a ampliação da área para receber produtos químicos em Aratu e na modernização do polo.
Nos próximos dias 8 e 9 de junho, serão realizadas audiências públicas em Ilha de Maré, como parte do processo de licenciamento do cais. O projeto “segue as regulamentações e normas vigentes, considerando as exigências dos órgãos públicos envolvidos, tais como a Secretaria Especial de Portos (SEP), Codeba, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Marinha brasileira e o Ibama, além do governo do estado da Bahia”, informa a empresa.A área é considerada como propícia à expansão da atividade portuária, ou para a implantação de empreendimentos industriais, diz o coordenador de Acompanhamento de Infraestrutura da Casa Civil estadual, Eracy Lafuente. Segundo ele, a área é tratada pelo governo estadual como de “expansão” para atividades do setor produtivo. “O governo apoia o desenvolvimento econômico e vai analisar o uso da área nesta perspectiva”, afirma, lembrando que a estrutura no entorno da área é voltada para operações da indústria.Segundo o secretário do Meio Ambiente do Estado da Bahia, Eugênio Spengler, a responsabilidade pelo licenciamento ambiental do cais que está sendo proposto pela Braskem é do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama). Ele diz que o Inema, órgão estadual de licenciamento, manifestou-se a respeito do assunto no passado porque foi questionado. “Pelo plano diretor que existe para aquela área, ela não é recomendada para o lazer. É imprópria, independente da implantação, ou não, de um equipamento industrial ali”, ressalta. “O governo está conversando com empresas interessadas na ampliação das operações no Porto de Aratu”, disse. O parecer mais recente do Ibama indica que os estudos apresentados para o projeto são satisfatórios.
Foto: Divulgação |
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Redação iBahia
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